Cancro da mama:

sabe o que é a radioterapia intraoperatória?
Cancro
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No cancro da mama, esta técnica permite realizar o tratamento de radioterapia durante a cirurgia de remoção do tumor, evitando posteriores deslocações diárias.

O cancro da mama é o tumor maligno mais frequente na mulher. Em Portugal, a incidência do cancro da mama é de 90 novos casos por ano em cada 100 mil habitantes. A partir dos 50 anos a incidência duplica. Mas, graças ao diagnóstico precoce e aos tratamentos disponíveis, a mortalidade por cancro da mama tem vindo a diminuir. Um deles é a radioterapia intraoperatória. Já ouviu falar?   A radioterapia intraoperatória no tratamento do cancro da mama   1. O que é a radioterapia intraoperatória? A radioterapia intraoperatória é uma técnica que permite efetuar o tratamento complementar de radioterapia no decorrer do ato cirúrgico, evitando a deslocação diária durante cerca de cinco semanas - o tempo de duração do tratamento clássico - a um centro de radioterapia.   2. Como surgiu esta técnica? Este procedimento cirúrgico é o resultado de vários anos de investigação e de contactos com várias instituições internacionais de cirurgia do cancro da mama. Segue protocolos clínicos estabelecidos nos EUA e na Europa e é resultado de uma vasta experiência nesta nova metodologia.   3. Para quem está indicada? A radioterapia intraoperatória está indicada para mulheres com idade superior a 60 anos, candidatas a cirurgia conservadora, com apenas uma lesão. Esta deve ter menos de 2 cm e não ter invadido os gânglios linfáticos da axila.   4. Quais as vantagens da radioterapia intraoperatória? Este procedimento apresenta a enorme vantagem de juntar a cirurgia e a radioterapia num episódio de tratamento único, permitindo realizá-los em ambulatório e não aumentando o tempo geral da cirurgia. As doentes que vivem longe do centro de radioterapia são especialmente beneficiadas, já que esta opção dispensa as deslocações diárias para realização do tratamento.   5. Não é necessário repetir o tratamento? Foi comprovado que esta dose única, agora disponível em Portugal, realizada após o tumor ter sido removido e antes de a ferida operatória ter sido encerrada, esteriliza as eventuais células tumorais residuais, apresentando menor toxicidade, menos sequelas na pele e nas regiões mamárias periféricas e um efeito cosmético satisfatório.
Publicado a 27/01/2015