Unidade da Anca e Bacia
Hospital CUF Sintra
A Unidade da Anca foi criada com o objetivo de dar uma resposta especializada e multidisciplinar às várias doenças que afetam a articulação da anca, através da realização de diagnóstico e tratamento adequados para cada doente.
Fazem parte desta equipa multidisciplinar as seguintes especialidades: ortopedia, fisiatria, reumatologia, infecciologia, medicina dentária, medicina física e reabilitação e nutrição.
Os especialistas que integram e colaboram com esta Unidade coordenam-se especificamente para oferecer os melhores cuidados médicos e/ou cirúrgicos, seguindo os mais recentes avanços científicos, garantindo um acompanhamento diferenciado, célere e personalizado a cada caso.
Trata-se de um choque ósseo entre o colo femoral e o acetábulo. Acontece principalmente com a rotação interna e flexão da anca. Habitualmente provoca sintomas associados a algumas posições e movimentos da anca, e frequentemente provoca lesões do labrum (menisco da anca). Afeta doentes maioritariamente entre o final da adolescência e a 3ª década de vida. Está comprovada a relação entre esta patologia e a evolução para uma coxartrose (artrose da anca).
Resulta de alterações na circulação sanguínea da cabeça femoral, que levam à morte celular e, se não for tratada nesta fase, ao colapso parcial da estrutura óssea e consequente coxartrose (artrose da anca).
Caracteriza-se por dor intensa na anca e afeta principalmente doentes entre a 3ª e 5ª década de vida. Tem múltiplas causas possíveis. Temos como objetivo de tratamento a preservação da articulação nativa ou, se tal não for possível, a sua substituição (artroplastia total da anca).
É o desgaste da cartilagem da articulação da anca. Como sintomas provoca dor e/ou limitação da mobilidade, com agravamento progressivo na intensidade, até se tornar incapacitante. Resulta de causas multifactoriais na maioria dos casos. Dependendo da fase da doença, vários tratamentos estão indicados.
Corresponde à fratura óssea de uma zona muito sensível, pelo que, na maioria dos casos, a consolidação do osso não é possível. Quando assim é, torna-se necessário fazer uma artroplastia da anca. Habitualmente resulta de traumatismos da anca em quedas e afeta indivíduos maioritariamente a partir da 6ª década de vida.
É também uma fratura do fémur na região da anca, mas por ser fora articulação, a consolidação óssea é o objetivo do tratamento. Este, na grande maioria dos casos, é cirúrgico e são usados dispositivos que fixam os fragmentos de osso fraturado. À semelhança da fratura do colo do fémur, resulta também quase sempre de traumatismos da anca em quedas a partir dos 60 anos.
Podem corresponder a lesões agudas (desportivas, por exemplo), como roturas tendinosas. Nesses casos o objetivo é restaurar a integridade tendinosa, o que pode implicar a realização de cirurgia para reparar as estruturas lesadas. Afeta principalmente desportistas de qualquer faixa etária.
No caso de lesões/doenças degenerativas do tendão (tendinites ou rotura crónicas), ocorrem principalmente doentes entre a 40 e os 70 anos. O objetivo do tratamento é diminuir a inflamação e dor do tendão e restaurar a função do mesmo, se esta estiver comprometida. As opções de tratamento passam por fisioterapia, infiltrações locais com anti-inflamatórios e, em alguns casos, cirurgia.
Na Unidade é utilizada a técnica out-inside para a abordagem da articulação coxofemoral (anca) para tratamento de problemas articulares. A patologia mais frequente é o conflito femoroacetabular e a lesão do labrum (menisco da anca).
O procedimento é realizado na grande maioria dos casos em regime de ambulatório, sendo que o doente, deve iniciar a reabilitação pós-operatória na mesma semana da cirurgia, sendo aconselhada a utilização de canadianas para treino de marcha durante 7 a 10 dias.
A Unidade da Anca e Bacia realiza também cirurgias de revisão artroscópica, em casos de re-rotura labral, reconstrução e/ ou aumento labral, falência do material de sutura, deformidade sequelar, instabilidade articular entre outros.
Na Unidade é utilizada preferencialmente a via anterior através da incisão do bikini, bem como a via lateral direta (Hardinge) em determinados casos selecionados. Cada uma destas técnicas apresenta vantagens e inconvenientes específicos, sendo que o principal objetivo é a preservação da anatomia com menor agressão cirúrgica, a implantação correta dos componentes e uma rápida recuperação funcional.
São utilizados implantes com resultados comprovados e com excelentes classificações ODEP (Orthopaedic Data Evaluation Panel).
Os doentes submetidos a artroplastia total da anca são depois avaliados com vários questionários sobre a função da anca operada.
A Unidade realiza procedimentos de resurfacing da anca. Esta cirurgia consiste numa substituição articular conservadora, uma vez que preserva toda a estrutura da articulação ao contrário da prótese total da anca. Na artroplastia de resurfacing da anca, apenas é substituída a superfície articular (são retirados apenas alguns milímetros) da cabeça do fémur e do acetábulo. Não há corte de osso e isto permite manter o tamanho da cabeça do fémur dando maior estabilidade e mobilidade à articulação. São vários os exemplos de atletas, desde profissionais a amadores que optam por esta solução porque lhes permite ambicionar manter a sua atividade física e performance desportiva.
Na Unidade da Anca utilizamos os recursos mais recentes para realizar as cirurgias de revisão mais complexas como o descolamento dos componentes, desgaste ou fratura dos implantes, infeção, osteólise progressiva, fratura periprotésica e instabilidade articular.
O acompanhamento e tratamento dos doentes com complicações de artroplastias é efetuado por uma equipa multidisciplinar envolvendo o ortopedista, internista, infeciologista e fisioterapeutas por forma a minimizar complicações e melhorar o resultado clínico. O mesmo acontece nos doentes com fratura proximal do fémur e em doentes geriátricos submetidos a artroplastia total da anca.
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