Unidade da Anca e Bacia

Hospital CUF Sintra

41

A Unidade da Anca foi criada com o objetivo de dar uma resposta especializada e multidisciplinar às várias doenças que afetam a articulação da anca, através da realização de diagnóstico e tratamento adequados para cada doente.

Fazem parte desta equipa multidisciplinar as seguintes especialidades: ortopedia, fisiatria, reumatologia, infecciologia, medicina dentária, medicina física e reabilitação e nutrição.

Os especialistas que integram e colaboram com esta Unidade coordenam-se especificamente para oferecer os melhores cuidados médicos e/ou cirúrgicos, seguindo os mais recentes avanços científicos, garantindo um acompanhamento diferenciado, célere e personalizado a cada caso.

Conflito femoroacetabular

Trata-se de um choque ósseo entre o colo femoral e o acetábulo. Acontece principalmente com a rotação interna e flexão da anca. Habitualmente provoca sintomas associados a algumas posições e movimentos da anca, e frequentemente provoca lesões do labrum (menisco da anca). Afeta doentes maioritariamente entre o final da adolescência e a 3ª década de vida. Está comprovada a relação entre esta patologia e a evolução para uma coxartrose (artrose da anca).

Necrose avascular do fémur

Resulta de alterações na circulação sanguínea da cabeça femoral, que levam à morte celular e, se não for tratada nesta fase, ao colapso parcial da estrutura óssea e consequente coxartrose (artrose da anca).

Caracteriza-se por dor intensa na anca e afeta principalmente doentes entre a 3ª e 5ª década de vida. Tem múltiplas causas possíveis. Temos como objetivo de tratamento a preservação da articulação nativa ou, se tal não for possível, a sua substituição (artroplastia total da anca).

Coxartrose (artrose da anca)

É o desgaste da cartilagem da articulação da anca. Como sintomas provoca dor e/ou limitação da mobilidade, com agravamento progressivo na intensidade, até se tornar incapacitante. Resulta de causas multifactoriais na maioria dos casos. Dependendo da fase da doença, vários tratamentos estão indicados.

Fratura do colo do fémur

Corresponde à fratura óssea de uma zona muito sensível, pelo que, na maioria dos casos, a consolidação do osso não é possível. Quando assim é, torna-se necessário fazer uma artroplastia da anca. Habitualmente resulta de traumatismos da anca em quedas e afeta indivíduos maioritariamente a partir da 6ª década de vida.

Fratura intertrocantérica

É também uma fratura do fémur na região da anca, mas por ser fora articulação, a consolidação óssea é o objetivo do tratamento. Este, na grande maioria dos casos, é cirúrgico e são usados dispositivos que fixam os fragmentos de osso fraturado. À semelhança da fratura do colo do fémur, resulta também quase sempre de traumatismos da anca em quedas a partir dos 60 anos.

Lesões musculo tendinosas (Quadricípite/reto femoral, Médio glúteo, Isquiotibiais, Complexo Piramidal-Longo adutor)

Podem corresponder a lesões agudas (desportivas, por exemplo), como roturas tendinosas. Nesses casos o objetivo é restaurar a integridade tendinosa, o que pode implicar a realização de cirurgia para reparar as estruturas lesadas. Afeta principalmente desportistas de qualquer faixa etária.

No caso de lesões/doenças degenerativas do tendão (tendinites ou rotura crónicas), ocorrem principalmente doentes entre a 40 e os 70 anos. O objetivo do tratamento é diminuir a inflamação e dor do tendão e restaurar a função do mesmo, se esta estiver comprometida. As opções de tratamento passam por fisioterapia, infiltrações locais com anti-inflamatórios e, em alguns casos, cirurgia.

Artroscopia da Anca

Na Unidade é utilizada a técnica out-inside para a abordagem da articulação coxofemoral (anca) para tratamento de problemas articulares. A patologia mais frequente é o conflito femoroacetabular e a lesão do labrum (menisco da anca).

O procedimento é realizado na grande maioria dos casos em regime de ambulatório, sendo que o doente, deve iniciar a reabilitação pós-operatória na mesma semana da cirurgia, sendo aconselhada a utilização de canadianas para treino de marcha durante 7 a 10 dias.
A Unidade da Anca e Bacia realiza também cirurgias de revisão artroscópica, em casos de re-rotura labral, reconstrução e/ ou aumento labral, falência do material de sutura, deformidade sequelar, instabilidade articular entre outros.

Artroplastia total da Anca

Na Unidade é utilizada preferencialmente a via anterior através da incisão do bikini, bem como a via lateral direta (Hardinge) em determinados casos selecionados. Cada uma destas técnicas apresenta vantagens e inconvenientes específicos, sendo que o principal objetivo é a preservação da anatomia com menor agressão cirúrgica, a implantação correta dos componentes e uma rápida recuperação funcional.

São utilizados implantes com resultados comprovados e com excelentes classificações ODEP (Orthopaedic Data Evaluation Panel).

Os doentes submetidos a artroplastia total da anca são depois avaliados com vários questionários sobre a função da anca operada.
 

Artroplastia de Resurfacing da Anca

A Unidade realiza procedimentos de resurfacing da anca. Esta cirurgia consiste numa substituição articular conservadora, uma vez que preserva toda a estrutura da articulação ao contrário da prótese total da anca. Na artroplastia de resurfacing da anca, apenas é substituída a superfície articular (são retirados apenas alguns milímetros) da cabeça do fémur e do acetábulo. Não há corte de osso e isto permite manter o tamanho da cabeça do fémur dando maior estabilidade e mobilidade à articulação. São vários os exemplos de atletas, desde profissionais a amadores que optam por esta solução porque lhes permite ambicionar manter a sua atividade física e performance desportiva.

Revisão da Artroplastia total da Anca

Na Unidade da Anca utilizamos os recursos mais recentes para realizar as cirurgias de revisão mais complexas como o descolamento dos componentes, desgaste ou  fratura dos implantes, infeção, osteólise progressiva, fratura periprotésica e instabilidade articular.

O acompanhamento e tratamento dos doentes com complicações de artroplastias é efetuado por uma equipa multidisciplinar envolvendo o ortopedista, internista, infeciologista e fisioterapeutas por forma a minimizar complicações e melhorar o resultado clínico. O mesmo acontece nos doentes com fratura proximal do fémur e em doentes geriátricos submetidos a artroplastia total da anca.

Conheça o Hospital CUF Sintra

Informações úteis sobre o Hospital: contactos, horários, como chegar.

Conheça esta Unidade Autónoma na rede CUF