Como viajar de avião de forma mais segura

Viajar de avião pode aumentar a probabilidade de contágio com o vírus da COVID-19. Este maior risco deve-se ao facto de nem sempre ser possível manter distâncias de segurança entre as pessoas nos aeroportos e aviões, os quais, além de serem espaços fechados, habitualmente concentram muitas pessoas em espaços reduzidos, no mesmo período de tempo.

Se não pode adiar a sua viagem, há várias medidas que o podem ajudar a minimizar o risco de exposição à COVID-19 e que deve colocar em prática sobretudo no aeroporto e no avião.

Antes de viajar

Há diversos fatores que deve ter em consideração antes de viajar. É aconselhavel que, quando planear a sua viagem, verifique como está a situação pandémica no país de destino. Verifique também se o local para onde vai viajar está a aplicar algum tipo de medidas ou restrições a viajantes. Há países que requerem certificado digital de vacinação e/ ou recuperação da doença e, adicionalmente, o teste diagnóstico da COVID-19; outros países exigem ainda um período de quarentena à chegada e repetição de teste alguns dias após a chegada. Pode consultar os alertas oficiais através do Ministério dos Negócios Estrangeiros português ou dos países de destino.

Certifique-se igualmente de que tem todas as suas vacinas em dia antes de viajar e siga as recomendações das autoridades de saúde locais.

Não se esqueça:

Durante a viagem esteja atento e, caso se manifestem sintomas associados à COVID-19, como febre, tosse e falta de ar, contacte as autoridades de saúde locais.

Viajar de avião é seguro?

Viajar de comboio, autocarro ou avião pode aumentar o risco de transmissão de COVID-19. Esse risco é influenciado por diversos fatores, sobretudo se as pessoas que se encontram no mesmo espaço fechado adotam ou não medidas de proteção, como o uso da máscara e o distanciamento social.

Os aeroportos são locais onde pode ser difícil manter a distância de segurança dos passageiros, seja nas filas da porta de embarque ou mesmo dentro do avião.

Além disso, tendemos também a tocar mais em superfícies comuns, com muito uso e pouco higienizadas.

No entanto, as autoridades de aviação civil asseguram que a maior parte dos vírus e outros micróbios não se espalham facilmente dentro do avião devido à forma sistemática como é feita a circulação e filtragem do ar no seu interior. Segundo o Centro Europeu de Prevenção e Controlo de Doenças, o risco de infeção num avião não pode ser excluído, mas é atualmente baixo.

Após um voo, caso surja a confirmação de que viajou uma pessoa infetada com COVID-19, as autoridades de saúde entrarão em contacto com todas as pessoas consideradas próximas.

Cuidados contra a COVID-19 durante a viagem

Durante a sua viagem há vários cuidados que deve colocar em prática para se proteger a si e aos outros da infeção por COVID-19:

• Utilize máscara, cobrindo o nariz e a boca sempre que estiver em espaços públicos.
• Evite contactos próximos, mantendo uma distância de segurança de pelo menos dois metros de qualquer pessoa que não pertença ao seu grupo.
• Lave as mãos com frequência ou desinfete-as com álcool gel (composto por, no mínimo, 60% de álcool).
• Evite contactar com pessoas que estejam doentes.
• Evite tocar nos olhos, nariz e boca.

Estratégias para viajar de avião de forma mais segura

Há outros cuidados que adicionalmente pode adotar sempre que viajar de avião para diminuir o seu risco de exposição:

1. Proteja os seus olhos com óculos (podem até ser os óculos graduados que usa no dia a dia ou óculos de sol). Esta medida é muito importante para os passageiros que vão viajar numa cabine pequena e sentados próximos de outras pessoas durante horas seguidas.
2. Tenha toalhitas desinfetantes à mão, guardadas num local de fácil acesso. Muitas companhias aéreas adotaram medidas mais rigorosas de limpeza e desinfeção dos assentos, cintos de segurança e mesas de apoio. Contudo, como medida de precaução extra, limpe todo o seu lugar com estas toalhitas antes de se sentar.
3. Durante o voo, use calças e camisolas de manga comprida. Quando chegar ao destino, dispa essa roupa e lave-a antes de a voltar a vestir novamente.
4. Lave as mãos com frequência, especialmente depois de tocar noutras superfícies do avião - como a casa de banho e as zonas da bagagem, por cima dos assentos - e antes e depois de comer ou beber.
5. Se o seu voo está cheio, considere, caso esteja ao seu alcance, fazer o upgrade do seu bilhete para áreas do avião mais espaçosas, como zonas em que na mesma fila há obrigatoriamente lugares vazios distanciando os passageiros.

Outras medidas que pode adotar e que o podem ajudar a diminuir os contactos próximos passam por fazer as reservas e o check-in online, assim como os pagamentos com cartão contactless.

Depois da viagem

É possível que durante a sua viagem tenha sido exposto ao vírus SARS-CoV-2. Mesmo que se sinta bem e não manifeste quaisquer sintomas, pode transmitir o vírus a outras pessoas caso se tenha infetado.

Se participou em atividades de elevado risco - por exemplo, viajar para locais com um elevado número de casos de COVID-19 ou frequentou espaços com uma grande concentração de pessoas - com maior risco de transmissão de COVID-19 durante a viagem, tome precauções extra durante alguns dias após a sua chegada: sempre que possível não estabeleça contactos próximos com familiares vulneráveis, opte por ficar em casa tanto quanto possível, evite estar com pessoas pertencentes a grupos de risco da COVID-19 e considere realizar o teste da COVID-19.

Esteja atento ao surgimento de sintomas associados à COVID-19 (como febre, tosse ou falta de ar) e registe a temperatura corporal, caso estes se manifestem. Em caso de dúvida, contacte a linha SNS 24 (808 24 24 24) antes de se dirigir aos serviços de saúde e siga todas as recomendações.

Não viaje se...

Se está doente, testou recentemente positivo para a COVID-19 ou se teve contacto com uma pessoa infetada com COVID-19 nos 14 dias anteriores, não deve viajar. Além disso, não viaje com alguém que já se esteja a sentir doente. Deve evitar viajar se é doente oncológico ou se tem alguma doença imunossupressora ou doença crónica grave.