O recreio faz bem às crianças
O recreio é muito importante para o desenvolvimento saudável do seu filho, no que toca às relações sociais e às capacidades de aprendizagem.
O recreio é um espaço de encontro com o outro onde a criança exercita diversas competências sociais. Ao brincar, a criança partilha, coopera, comunica, adapta-se, escolhe, decide... Isto significa que aprende a estar com o outro e constrói-se como ser social. Por exemplo, consideremos o jogo da “apanhada”: requer cooperação, exige que a criança adote novos papéis e funções e que, em muitos momentos, ceda em função das escolhas do grupo. Portanto, é-lhe exigido que considere diferentes perspetivas e possibilidades.
O que dizem os estudos
A ideia de que as competências sociais aprendidas no “tempo livre” preparam a criança para a vida adulta remontam ao início do século passado e têm vindo a ser, cada vez mais, sustentadas cientificamente.
Estudos sugerem que as pausas para recreio favorecem não só a capacidade de aprendizagem dos conteúdos escolares, mas também o desenvolvimento físico-motor e social.
Direito ao tempo de recreio
Verifica-se que as crianças têm cada vez menos pausas na escola e que essas são mais curtas. Contudo, nem sempre essa redução do tempo livre se traduz, efetivamente, em melhor rendimento académico. No nosso contexto, é absolutamente necessário assegurar que, ainda que haja aumento da carga horária, o direito a brincar e ao tempo de recreio se mantém intacto.
Os benefícios do recreio
O tempo passado em jogo livre é essencial para o bem-estar da criança a vários níveis:
- Jogos de movimento: Neste tipo de jogos a criança exercita a força muscular, o equilíbrio, a resistência, a flexibilidade e a coordenação.
- Rendimento académico: Está provado que o tempo de recreio favorece a função cognitiva, com aumento do tempo de atenção e participação na aula e uma melhoria geral do comportamento.
- Ponto de vista social e emocional: O recreio é fundamental para estabelecer relações com os colegas, construir e desenvolver amizades, aprender a gerir conflitos e tensões interpessoais e a tornar-se resiliente.