Reabilitação dentária em 24h:
A perda de dentes tem um grande impacto na saúde e na autoestima. Mas é possível fazer uma reabilitação completa em 24 horas e ter o sorriso de volta.
Doenças orais, desgaste dentário ou lesões graves podem levar à perda de dentes, com consequências para a saúde e para a alimentação e mastigação, afetando igualmente a autoestima e muitas vezes a vida social. Foi o que aconteceu com Patrícia Botelho, que começou a perder dentes e a ser forçada a extrair outros, ainda adolescente. Recuperou o seu sorriso com uma reabilitação dentária total realizada em 24 horas, na CUF: “A nossa vida muda completamente, eu estou muito mais confiante, sinto-me muito melhor”. Clara Panão, médica dentista CUF, explica como se processa este tratamento, com aplicação de próteses, em que “o doente chega com alguns dentes, ou sem dentes, e sai com um sorriso fantástico”.
O que é a reabilitação oral em 24 horas?
Clara Panão explica que a reabilitação dentária em 24 horas “consiste num enorme processo de transformação”. Segundo a médica dentista da CUF, “com este tratamento conseguimos que os doentes venham e no mesmo dia saiam com uma reabilitação da arcada total”, com implantes e prótese fixa. Nem toda a gente pode passar por este procedimento e “a primeira opção é sempre conservar os dentes”, lembra Clara Panão, “mas em caso de dentes muito danificados, ou de pessoas que já perderam os dentes, este é realmente um dos melhores tratamentos, mais rápido e em que conseguimos dar mais garantias”.
Qual a diferença para outros tratamentos dentários?
“O que conseguimos neste tipo de tratamento é fazer uma série de procedimentos todos no mesmo dia”, explica Clara Panão, referindo que as diferenças técnicas não são muitas, mas numa intervenção mais tradicional “há muito tempo de espera”. “Depois das extrações, é preferível esperar cerca de seis meses até o osso se voltar a formar”, descreve a dentista, “depois há a colocação dos implantes, após a colocação dos implantes há um novo tempo de espera, para o osso crescer e maturar à volta do implante e se dar a osteointegração, e passados dois a seis meses há uma terceira fase, que é a fase da reabilitação”.
Clara Panão reforça que, neste tipo de reabilitação, não se trata de “saltar etapas”. O tratamento passa por um processo que se chama ‘carga imediata’, no qual “desenvolvemos um protocolo que implementamos no próprio dia, mas que pode ir até 48 horas”. E a carga imediata é apenas possível se houver uma “estabilidade primária dos implantes, isto é, se os implantes ficarem bem fixos”. Nesses casos, “o doente sai com uma prótese provisória, sendo que a prótese definitiva é colocada após alguns meses”. E como a prótese provisória está fixa, “além de conseguir sentir o paladar dos alimentos, o doente consegue mastigar normalmente, sem receio que a prótese salte”.
Como se consegue fazer a reabilitação em pouco tempo?
“Há todo um tempo de preparação prévia em que temos de fazer um planeamento”, destaca a médica dentista Clara Panão. Inicialmente, há um planeamento clínico, “em que vamos avaliar com fotografias, com raio-X, com TAC dentário, qual é a disponibilidade óssea”. Segue-se o planeamento cirúrgico, no qual se escolhe “quantos implantes colocar, em que posição e a que nível, para que a prótese não fique visível quando o doente sorri”.
Clara Panão realça também o planeamento protético, em que “às vezes até pedimos ao doente fotografias antigas, tentamos recuperar um ou outro pormenor, porque nós não gostamos dos dentes tipo teclas de piano e os doentes também não”. Esta era uma questão muito importante para Patrícia Botelho, que fez uma reabilitação dentária em 24h na CUF: “O meu medo principal em fazer este tratamento era aquele estereótipo dos dentes parecerem muito artificiais, o que não aconteceu, porque houve cuidado com essa parte”. Destaca a importância de que “tudo pareça natural, em que exista realmente uma harmonia entre os dentes e a restante expressão da nossa cara”. A médica dentista Clara Panão explica que, para isso, recorre-se a uma ferramenta de planeamento digital: “A partir de uma fotografia do paciente podemos propor um ou dois tipos e formas de dentes que o doente ajuda a escolher”.
A última fase de preparação é o planeamento pessoal. Clara Panão afirma que “é um dos momentos mais importantes, o planeamento de personalidade, porque nem todos os doentes são elegíveis. É importante que as pessoas tenham as expectativas alinhadas”. Passa também por “ouvir o doente, perceber se vem mais por uma questão estética, se vem mais porque não consegue mastigar, ou o que na realidade pretende”.
Quais as vantagens deste procedimento dentário?
Num primeiro ponto, Clara Panão lembra “as vantagens de uma reabilitação total fixa, em que todos os dentes estão suportados por implantes”, e o doente “tem a estética máxima, com a porcelana, porque se consegue mimetizar todos os pormenores dos dentes, incluindo a luminosidade”. Dessa forma, “outras pessoas olham para as reabilitações feitas na CUF e não percebem que é uma prótese”. A médica dentista destaca também os benefícios “do paladar, que não se perde, e na parte fonética [isto é, a fala], que é muito melhor”.
Outra das grandes vantagens é o ganho de autoestima, “a pessoa voltar a sentir-se bem”, destaca Clara Panão. Um sentimento que Patrícia Botelho garante ser real: “Quando olho para o espelho, quando olho para as fotos, tenho muito mais vontade de tirar fotos, fazer vídeos. Até mesmo em casa toda a gente me diz isso, porque eu estou muito mais confiante, sinto-me muito melhor”.
Para Clara Panão, é também um sentimento de conquista: “Ouvimos todos os dias as pessoas entrarem no nosso gabinete e dizerem ‘ai, não gosto nada de dentistas’. E esta é aquela fase em que as pessoas nos adoram, porque acabamos por ser este veículo de transformação”.
Quem não pode fazer uma reabilitação oral em 24 horas?
“A maior parte das contraindicações que existem, como costumamos dizer aos doentes, são contornáveis. São contraindicações relativas que, depois de adaptar a medicação, por exemplo, conseguimos ultrapassar para ter o doente pronto para este tipo de tratamento”, refere Clara Panão. A dentista CUF indica os doentes com “patologia oncológica severa” como estando excluídos e também as contraindicações locais: “nem todas as pessoas têm aquilo a que chamamos biodisponibilidade óssea, no fundo, osso suficiente”. Caso exista osso suficiente, “mas que não tenha boa qualidade”, é possível colocar os implantes, mas “não vamos conseguir pôr a prótese provisória fixa”.
Além destes casos, Clara Panão aponta as contraindicações pessoais, relacionadas com o tempo que demora a intervenção. “É um tratamento em que a transformação é espetacular, mas são quatro horas de cirurgia”, explica a médica dentista CUF, “vamos brincando com o doente, o doente vai-se levantando, mas temos que avaliar o perfil, porque não se quer que seja um processo penoso”. Ainda assim, tempo não significa dor: “Desenvolvemos um protocolo muito específico, tanto em termos de preparação prévia como de medicação, e a ideia é que o doente não chegue nunca a sentir dor”.
Como é o pós-operatório?
“Parece incrível, mas as pessoas não têm muitas dores”, afirma Clara Panão, “claro que há pós-operatórios mais complicados, mas eu posso dizer que cerca de 80% dos nossos doentes não sentem dor”. Além de um pequeno edema, uma situação normal na maioria das pessoas, “nos doentes mais idosos pode aparecer um hematoma, mas dor é algo que não queremos”, refere a dentista CUF. Patrícia Botelho, que passou pela intervenção depois de ter perdido vários dentes, confirma: “No primeiro e segundo dia é necessário tomar um ou dois analgésicos, mas após uns minutos alivia logo e a dor também não é nada forte. Ao fim de um ou dois dias já passou e no final compensa muito.”
E há sempre o acompanhamento da equipa CUF nos primeiros tempos. “Fazemos um follow-up no dia a seguir e o doente sabe que estamos disponíveis para qualquer dúvida que possa surgir. Esta é uma das vantagens do doente fazer este tratamento numa estrutura CUF: temos standards de qualidade muito elevados”, explica Clara Panão. Reforça que “o doente não tem um médico a trabalhar para si, mas vários, uma equipa de cirurgia oral que faz com que haja sempre alguém que tem alguma experiência diferente e que trabalha verdadeiramente em equipa”. Outra vantagem é a proximidade: “Existem vários pólos da CUF Medicina Dentária a nível nacional, portanto, se o doente tiver algum problema, pode sempre recorrer à unidade de saúde mais próxima”, reforça a médica dentista.
Cuidados de higiene da prótese dentária
Após a colocação da prótese é necessário, no mínimo, uma manutenção anual. Clara Panão explica como é feito: “A prótese é desmontada aqui no gabinete e a manutenção pode ser feita pelo médico dentista ou pela equipa de higiene oral”. Para essa manutenção “há uma higiene específica e há protocolo muito rígido, para podermos garantir que este tipo de tratamento tem uma longevidade elevada”. Neste aspeto, como noutros, a preocupação com o doente é constante e a equipa médica faz questão de contactar os pacientes “para virem fazer a manutenção”. De resto, “a nível de cuidados diários, apenas é necessário manter uma boa higiene”.
O regresso do sorriso de Patrícia
“O meu principal problema era a falta de dentes e a falta de qualidade alimentar”, conta Patrícia Botelho, que começou a perder dentes “desde muito nova. Desde adolescente que foi necessário fazer várias extrações dentárias”. Patrícia explica ainda que tinha de fazer uma seleção alimentar, “porque havia muitos alimentos que não podia comer, sabia que não iria conseguir mastigá-los” e, mesmo com esse cuidado, “acabava por sentir que ficava maldisposta, e tinha alguns problemas a nível de digestão”. Todas essas restrições, assim como a questão da autoestima, acabavam por trazer outras consequências: “Sentia que não conseguia fazer tudo aquilo que queria, não conseguia sorrir as vezes todas que gostaria.”
Patrícia acabou por “procurar a CUF e tentar encontrar uma solução que fosse mais definitiva”. Sente que tomou a decisão certa: “quando me apresentaram a melhor solução para resolver o meu problema, senti sempre que havia uma preocupação muito grande com aquilo que eu sentia em relação a esta reabilitação”. Porque no fundo “não deixa de ser uma cirurgia. É uma intervenção, que mexe com uma coisa muito essencial, que é o nosso riso, a nossa boca”.
Passadas todas as fases de planeamento, de estudo e de moldes, já na cirurgia, lembra que continuou a sentir o apoio e o conforto da equipa. “Há um cuidado muito grande a nível estético para que faça sentido na nossa cara, para que haja uma harmonia, porque realmente, apesar de não serem os nossos dentes, vão passar a ser os nossos dentes. E senti isso de toda a equipa, foram incríveis”. Patrícia Botelho recorda também a emoção depois do tratamento: “O primeiro dia em que mastigamos após a reabilitação é muito emocionante. Voltar a ter essa qualidade de vida e voltar à mastigação é emocionante e gratificante”.
Patrícia Botelho confessa que ficou surpreendida com o resultado final, nunca esperou “que ficasse tão perfeito, tão dentro do que tinha idealizado e ainda mais”. E acredita que, sempre que seja possível para outras pessoas, é a melhor solução: “Recomendaria sempre este tratamento, porque acho que pode mudar vidas, como mudou a minha”.