Cirurgia da mão

É uma patologia extremamente frequente e incapacitante. Mais frequente em mulheres e em pessoas que ao longo da vida tiveram um trabalho manual. Caracteriza-se por dor e "dormência" da mão, muitas vezes noturna. Em estados mais avançados pode evoluir para falta de força da mão, insensibilidade e atrofia muscular. Existem métodos complementares de diagnóstico que ajudam no diagnóstico como o eletromiograma.

O tratamento é quase sempre cirúrgico e com melhoria significativa da qualidade de vida. A cirurgia decorre sob anestesia local e em regime de ambulatório.

Esta patologia pode aparecer em qualquer idade. Manifesta-se por um "ressalto" num dedo quando se tenta esticar.

Há crianças que podem nascer com um dedo fletido e que só estica mediante a força externa que um adulto aplica, chamamos a isto dedo em gatilho congénito. É relativamente frequente e não representará nenhuma sequela para a criança se for tratado atempadamente.

É uma cirurgia que se realiza sob anestesia local e sem necessidade de internamento.

As fraturas dos dedos e da mão são relativamente frequentes, especialmente no contexto desportivo ou mesmo profissional, se a sua profissão obrigar a um trabalho manual.

Paralelamente aos dedos pode haver uma lesão nos metacarpos ou no carpo (ossos do "corpo" da mão) que exigem investigação diagnóstica e tratamento adequados.

Nem sempre a cirurgia surge como a melhor opção e por vezes opta-se por um tratamento conservador.

Os tendões permitem a mobilidade da mão. São estruturas delicadas que se movem num equilíbrio sensível.

Dado que se localizam superficialmente, muitas vezes são atingidos numa lesão traumática da mão. E a mão deixa de ter a função adequada.

A reconstrução de uma lesão traumática tendinosa deve ser rápida, eficaz e precisa. Após a cirurgia segue-se um período de imobilização com tala e fisioterapia, na maioria das vezes.

Lesões crónicas tendinosas ou mesmo nervosas, envolvem um estudo de cada caso e uma recuperação mais demorada.

Numa população mais idosas surgem as artroses. A artrose mais frequente do membro superior é a rizartrose, a artrose da articulação trapézio metacárpica, na base do polegar.

O tratamento dirigido, quer cirúrgico, quer médico, permite uma recuperação da função do polegar em termos funcionais quer em termos de amplitude de movimentos quer de força.

Outras doenças sistémicas como a Artrite Reumatoide, Gota, Psoríase, entre outras, têm manifestações incapacitantes na mão e são alvo de tratamento e cuidados por parte dos nossos profissionais.

Existe um diverso leque de malformações da mão nas crianças. Entre as mais frequente registam-se as sindactilias, os dedos unidos ou polidactilia, que significa a existência de mais um dedo.

Existem muitas outras malformações da mão com frequência e implicações funcionais distintas.

A avaliação destes casos deve ser por profissionais habituados a esta patologia e o tratamento realizado nos momentos apropriados.

A doença de Dupuytren é uma patologia da aponevrose palmar da mão que é uma estrutura superficial da palma mão. Esta aponevrose em algumas pessoas pode espessar e retrair. A doença manifesta-se na maioria dos casos como uma flexão progressiva (contratura) do dedo ou dedos afetados e a consequente limitação da extensão. Por vezes pode haver a formação de nódulos dolorosos.

A cirurgia é a melhor solução para os casos mais avançados, podendo haver soluções mais simples para os casos mais ligeiros.

A cirurgia poderá ser efetuada em regime ambulatório obrigando no entanto a cuidados pós operatórios como o uso de tala noturna.