Distonia respiratória
O que é?
A distonia respiratória ou disfunção das cordas vocais é uma doença com um mecanismo semelhante à disfonia espasmódica, mas em que as cordas vocais durante a respiração se aproximam fazendo um movimento inverso ao desejado (movimento paradoxal das cordas vocais), dificultando a entrada do ar: em vez de se abrirem quando se inspira e expira, fecham-se, dificultando a entrada e saída de ar na via área superior.
Sintomas
- Falta de ar, dificuldade em respirar ou em entrar ar na via aérea superior
- Sensação de aperto na garganta
- Impressão de asfixia
- Respiração barulhenta (chiado ou som estridente)
- Voz rouca
Uma crise repentina e grave pode exigir tratamento hospitalar de urgência.
Causas
A distonia respiratória pode ser causada por:
- Infeção respiratória superior
- Odores ou vapores fortes
- Fumo do tabaco
- Refluxo ácido
- Emoções fortes e stress
- Exercício físico intenso
Diagnóstico
O médico observa as cordas vocais do paciente sob visão direta com espelho laríngeo ou inserir um pequeno tubo de fibra ótica (laringoscópio) pelo nariz até a parte posterior da garganta, onde as cordas vocais podem ser visualizadas. Este procedimento é feito com uma pequena anestesia local e em ambulatório
Pode ser necessário a realização de espirometria a qual, durante a crise, geralmente mostra bloqueio do ar que flui para a traqueia (a espirometria pode ser normal se não for realizada em plena crise de distonia).
Pode também ser necessário inalar um medicamento chamado metacolina para provocar os sintomas de distonia respiratória.
Tratamento
A terapia da fala tem um papel importante no controle desta patologia. Pode também ser usada toxina botulínica para reduzir a intensidade da contração muscular da cordas vocais.
Prevenção
A gestão do stress e das emoções com técnicas de relaxamento e biofeedback são úteis no controlo das crises.
O controlo de doenças de base concomitantes, como asma e refluxo gastroesofágico, são medidas fundamentais na prevenção das crises de distonia associadas a estas patologias.
Cleveland Clinic