LASIK: o laser que devolve a visão
Conheça o procedimento cirúrgico que corrige problemas como miopia, astigmatismo ou hipermetropia com maior segurança e rapidez.
Quando falamos em saúde oftalmológica, há um conjunto de alterações que, não sendo propriamente patologias, podem condicionar de forma substancial a qualidade de vida de quem delas sofre. São os casos de erros refrativos como miopia, astigmatismo ou hipermetropia, cuja prevalência é bastante significativa e a incidência, sobretudo no caso da miopia, é crescente. A boa notícia é que existe tratamento, nomeadamente através de cirurgia com LASIK, um avançado procedimento laser que está disponível na CUF.
Miguel Trigo, Oftalmologista no Hospital CUF Descobertas, foi um dos pioneiros nesta técnica, cuja evolução ao longo dos anos tem permitido uma cada vez maior precisão, eficácia e segurança. O especialista sublinha, contudo, que para o sucesso da intervenção, “além da mais sofisticada das tecnologias, é imprescindível haver uma equipa de médicos, enfermeiros, técnicos e assistentes altamente qualificada e treinada”. Os oftalmologistas do Hospital CUF Descobertas que utilizam a tecnologia LASIK são experientes e rigorosos no que à aplicação dos critérios para indicação cirúrgica diz respeito.
O primeiro passo no processo de seleção consiste numa consulta de definição do plano operatório, onde se explica o procedimento e se procuram ajustar as expetativas da pessoa.
A graduação é um dos critérios incontornáveis para determinar se as pessoas são ou não elegíveis para cirurgia com laser. De acordo com Diogo Hipólito, Oftalmologista no Hospital CUF Descobertas, “habitualmente realizamos a cirurgia com LASIK até às 6 ou 7 dioptrias de miopia e até 3 ou 4 de astigmatismo e hipermetropia, porque sabemos que, se tratarmos acima destes valores, os resultados podem não ser tão favoráveis, quer ao nível de eficácia, quer de segurança”. Por sua vez, Miguel Trigo refere: “Acima de 8 dioptrias, o tratamento pode, eventualmente, passar pela introdução de uma lente dentro do olho.”
No tratamento da miopia com LASIK é, ainda, essencial que a graduação da pessoa esteja estável. “Define-se como limite ou critério de segurança que não haja uma variabilidade de mais de 0,5 dioptrias no espaço de um ano”, indica Diogo Hipólito.
TRATAMENTO DE ERROS REFRATIVOS
Métodos convencionais
- Óculos
- Lentes de contacto
Métodos cirúrgicos
- Cirurgia refrativa laser (LASIK)
- Cirurgia de implante de lente
Resultados cirúrgicos dependem da qualidade do diagnóstico
Só com uma consulta de oftalmologia é possível diagnosticar o erro refrativo e definir o procedimento adequado à situação de cada pessoa. Segundo Miguel Trigo, além da tecnologia, a grande diferenciação neste domínio prende-se com o saber médico, imprescindível na identificação dos doentes para cirurgia. Também nessa fase, o médico é apoiado por tecnologias de ponta, como a tomografia do segmento anterior ou a topografia de córnea, exames decisivos para o oftalmologista perceber se estão reunidas todas as condições requeridas para que o doente possa ser submetido à cirurgia com segurança. “Os dados destes exames pré-operatórios são introduzidos no equipamento LASIK e conseguimos estabelecer um protocolo de tratamento com níveis de pormenor de correção muito avançados”, refere Diogo Hipólito, adiantando que, “tendo em conta os lasers atualmente disponíveis no mercado, o que temos na CUF é dos mais avançados, permitindo-nos fazer um tipo de tratamento que pode ser personalizado de acordo com o olho de cada pessoa”. Já Miguel Trigo sublinha: “Uma vez que utilizamos algoritmos matemáticos, conhecemos o padrão de resposta e o intervalo de resultados fica muito perto dos 100%.” Conclui, assim, que “a maior parte das pessoas fica muito perto do que consideramos um ótimo resultado”.
Miguel Trigo acredita, aliás, que “o melhor elogio que se pode fazer ao método LASIK é quando os doentes, algum tempo após a intervenção, parecem ignorar que um dia foram míopes. Conhecem a sensação, mas não se lembram. É como se sempre tivessem visto bem. É muito gratificante que esta cirurgia seja capaz de substituir a natureza de uma maneira tão eficaz e humana”. Esta é, no entender do oftalmologista, “uma das principais razões para a popularidade do LASIK e para o seu longo percurso de utilização”.
Fotografias de Diana Tinoco (4SEE)