Teleconsulta: segurança e conveniência

Desde que o serviço de teleconsulta da CUF foi criado, em março de 2020, foram realizadas 155 mil teleconsultas, o que resulta numa média mensal a rondar as seis mil. Criada num momento em que se tornava essencial assegurar a continuidade de cuidados de saúde em condições de segurança para médicos e doentes, a teleconsulta CUF fez a diferença, garantindo, por exemplo, o acompanhamento de doentes crónicos. “Funcionou como a porta aberta que os clientes sempre tiveram aos cuidados de saúde, minimizando os riscos de infeção”, recorda Micaela Seemann Monteiro, Diretora Clínica da CUF Digital.

“Numa teleconsulta, um médico consegue aferir uma série de situações: se o doente respira normalmente, se tem alterações da pele, se tem as pernas inchadas, entre outras. Pode, também, explicar resultados de análises ou exames”, afirma a especialista. Médicos e doentes adaptaram-se a esta realidade e, hoje, são 42 as especialidades a realizar teleconsultas. “As três especialidades a que os doentes mais recorrem à teleconsulta na CUF são Medicina Geral e Familiar, Psiquiatria e Psicologia.

A Psiquiatria já faz 21% das suas consultas em teleconsulta”, refere Micaela Seemann Monteiro, sublinhando que a qualidade do acompanhamento se mantém. A médica garante que estas consultas têm uma elevada capacidade de solucionar questões de saúde e um nível de segurança e empatia equivalentes à consulta presencial, características especialmente apreciadas. “Para alguns doentes é até o canal preferencial de seguimento, ao ponto de termos de referir: para a próxima, gostava de o ver no consultório.”

Micaela Monteiro

“Tenho doentes que fazem a consulta a partir de casa, outros a partir do trabalho e outros até do seu local de férias”, assume a médica.

A possibilidade de aceder a consultas da especialidade sem deslocações traz ganhos em comodidade, mas também uma acessibilidade mais generalizada à saúde. “Permite o acesso a especialidades concretas que podem não existir na região em que uma pessoa vive”, explica a médica. “Se um determinado perito está no Porto, um doente do Algarve, do Alentejo ou até mesmo se estiver fora do país tem um acesso fácil a este especialista.” 

A teleconsulta permite ainda dar resposta a situações em que uma deslocação ao consultório poderia causar perturbações na vida do doente ou da sua família, como em casos de cuidadores com familiares a cargo ou de idosos com dificuldades de locomoção e que, deste modo, continuam a ter acesso às consultas de especialidade. “Tenho doentes que fazem a consulta a partir de casa, outros a partir do trabalho e outros até do seu local de férias”, assume a médica.

 

Teleconsulta do Dia

No final de 2020, a CUF torna-se o primeiro prestador de saúde privada, em Portugal, a garantir Teleconsulta do Dia – um serviço que assegura, no próprio dia, a disponibilidade de um médico para casos de doença aguda não urgente. “Há uns dias, uma jovem que estava no Panamá teve um problema de saúde e agendou uma Teleconsulta do Dia, o que lhe possibilitou o acesso a um médico que falava a sua língua materna”, exemplifica Micaela Seemann Monteiro. Trata-se, no fundo, de um atendimento contínuo, a funcionar sete dias por semana, com marcação efetuada através do site da CUF, do My CUF ou por telefone, e com a garantia de realização de uma consulta nas duas horas seguintes. “Os médicos são especialistas de Medicina Geral e Familiar, Medicina Interna e Pediatria. São médicos da CUF que os doentes podem encontrar no atendimento permanente das nossas unidades de saúde”, explica Micaela Seemann Monteiro, destacando a alta taxa de resolução da Teleconsulta do Dia, na ordem dos 90%. “As restantes situações são encaminhadas para uma consulta presencial agendada e apenas cerca de 3% para o Atendimento Permanente.” Quando isso acontece, todos os registos são incluídos no processo clínico eletrónico – à semelhança da informação clínica fornecida em consulta presencial –, passando a estar disponíveis para o médico que dará seguimento aos casos através de consulta ou atendimento permanente convencionais.

 

Avaliador de Sintomas MyCUF

Outra das apostas da CUF para agilizar processos foi a disponibilização de um Avaliador de Sintomas através da aplicação My CUF, no final de 2021. “O propósito desta ferramenta clínica digital é orientar as pessoas no momento da sua queixa para os cuidados de que necessitam”, explica a médica internista. “Está acessível quando precisam e onde quer que estejam.”

Esta tipologia de soluções médicas digitais recorre à inteligência artificial para, a partir da situação apresentada, desencadear uma série de perguntas. As respostas a estas perguntas conduzem, por sua vez, a um resultado que permite aos doentes perceberem as possíveis causas para os seus sintomas e, de acordo com as mesmas, obter uma indicação da CUF para o acompanhamento clínico adequado, que pode ir desde uma teleconsulta até à necessidade de recorrer a uma urgência ou ligar para o número de emergência 112. “São algoritmos científicos, com inteligência artificial associada, validados em permanência por uma equipa de mais de 50 médicos. É considerada, nesta tipologia de soluções médicas digitais, uma das mais fidedignas e seguras a nível mundial.” Foi criada por uma empresa alemã, fundada por cientistas e médicos que só tratam destes algoritmos. “É uma ferramenta clínica tão segura como um médico a fazer este tipo de avaliações”, garante Micaela Seemann Monteiro antes de elencar as suas vantagens: “Ao invés de alguma informação que se encontra online, onde os possíveis diagnósticos surgem completamente desgarrados, esta é uma ferramenta científica, feita por médicos, que coloca hipóteses e que permitirá, através dos dados clínicos recolhidos, facilitar posteriormente a avaliação e a definição do diagnóstico por parte dos profissionais de saúde.”

Até ao início de setembro, estavam concluídas mais de 26 mil avaliações. “Foram 26 mil situações em que as pessoas estavam com dúvidas sobre o que fazer e em que a CUF proporcionou uma solução que as orientou de uma forma segura e cientificamente validada.”

A tecnologia permite hoje uma gestão da informação que é totalmente diferente da que era feita há alguns anos. Um bom exemplo disto é o processo clínico eletrónico que agrega todos os dados do doente e que garante elevados níveis de privacidade e confidencialidade. “Permite que sejamos muito mais proativos na nossa ação, fazendo um acompanhamento muito mais continuado, numa jornada híbrida do doente em que este tem momentos com cuidados de saúde clássicos intercalados com momentos remotos, como a teleconsulta, ou 100% digitais, como a interação com o Avaliador de Sintomas”, refere a médica, para quem esta tipologia de soluções permite que, de uma forma ou de outra, a equipa médica da CUF esteja sempre ao lado do doente.

 

Fotografia de Rodrigo Cabrita 4SEE

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Publicado a 02/11/2022