António Pombo
António Pombo, 60 anos, casado e reformado.
Fumador durante 37 anos, António iniciou em 2016 um Programa Deteção Precoce de Cancro do Pulmão na CUF.
Quando em 2016 lhe foi detetada uma alteração nos pulmões, assim como alterações nas análises clínicas de rotina, António assustou-se e aceitou o conselho do amigo e médico de Medicina Geral e Familiar para ir a um Pneumologista. Os longos anos de grande fumador tinham agora dado sinal.
"Apesar do susto, tinha que enfrentar o problema de frente, sem medos. Este meu amigo indicou-me a Prof.ª Bárbara Parente, na CUF, e até foi ele que fez o contacto para eu ir o mais rápido possível."
Em maio de 2016, António Pombo foi à consulta de Bárbara Parente, pneumo-oncologista no Hospital CUF Porto e Coordenadora Norte da CUF Oncologia, que deu de imediato início a um estudo mais aprofundado do nódulo que tinha sido detetado no RX de rotina. Foram necessários diferentes exames complementares como a Ecobroncoscopia e PET (Tomografia por Emissão de Positrões) e os resultados mostraram não existir malignidade.
Apesar do falso-alarme, os pulmões de António encontravam-se já bastante afetados pelos longos anos de fumador, pelo que, Bárbara Parente não hesitou em recomendar-lhe uma vigilância mais apertada, com controlo em consulta e realização de TAC tórax de baixa dose de radiação, o chamado Programa Deteção Precoce de Cancro do Pulmão. A este programa, juntou-se também a cessação tabágica, fundamental para garantir uma vigilância mais eficaz. Em 2017 recorreu a ajuda especializada para deixar de fumar. Confessa que foi difícil, mas o susto que apanhara no ano anterior motivou-o a dar este passo.
"Salvou-me a vida. Não tenho dúvidas que se eu não tivesse começado as consultas de deteção precoce, hoje não estaria cá."
Início do Programa Deteção Precoce de Cancro do Pulmão
António iniciou o Programa Deteção Precoce de Cancro do Pulmão com uma vigilância inicial aos 3 e 6 meses, passando depois a anual.
A TAC de 2018 apresentava sinais de enfisema pulmonar, mas em 2018 não apresentava suspeita de qualquer lesão.
Três anos passaram desde o aparecimento do primeiro nódulo que, entretanto, tinha desaparecido completamente. Mas em fevereiro de 2019, a TAC deteta um "novo" nódulo e, após os necessários exames complementares, o diagnóstico confirma o pior, associação de carcinoma epidermóide do pulmão com tumor neuroendócrino de grandes células - um tumor muito agressivo e de rápido crescimento.
Por ter sido diagnosticado num estádio inicial (IB), foi possível realizar a cirurgia, uma lobectomia inferior direita. Porém, tendo em conta o tipo de cancro de pulmão, a estratégia terapêutica com o objetivo de prevenção de recidiva passou por incluir quimioterapia após a cirurgia.
"Houve uma altura em que não estava muito bem e liguei para o enfermeiro da Oncologia que me atendeu logo, era de noite, mas ele atendeu. Disse-me o que tinha de tomar e se não me sentisse melhor no dia seguinte para lhe ligar outra vez. Mas foi até ele que me ligou. Foi incansável. Eu não estava melhor e ele disse logo para eu não esperar mais e ir ao hospital. As minhas defesas estavam muito em baixo e acabei por ficar uns dias internado. Toda a equipa foi fantástica, senti-me sempre acompanhado."
Em julho de 2019, no mês do seu aniversário, António terminava os tratamentos e manteve a sua vigilância trimestral com Bárbara Parente. Mesmo durante a pandemia, manteve o seu acompanhamento.
Em fevereiro de 2021, dois anos após o diagnóstico de cancro do pulmão, os exames demonstraram ausência de doença. António tem uma vida ativa, sente-se bem e mantém uma excelente qualidade de vida.
"Se o António não estivesse em programa de seguimento não teria tido a possibilidade cirúrgica, pois o tumor neuroendócrino de grandes células é muito agressivo e teria perdido o timing cirúrgico. Quando veio à consulta em 2016 foi excluída a malignidade da alteração que apresentava no pulmão, mas dado os seus antecedentes tabágicos e a sua faixa etária ficou em seguimento na consulta de deteção precoce e foi isso que lhe permitiu aumentar a probabilidade de cura e sobrevivência."
À equipa que o seguiu, António agradece todo o apoio que recebeu. Agradece em especial a Bárbara Parente pela forma como sempre lhe explicou tudo, pela força, frontalidade e segurança que lhe transmitiu. "Salvou-me a vida. Não tenho dúvidas que se eu não tivesse começado as consultas de deteção precoce, hoje não estaria cá."
Para os amigos e, em especial aos fumadores, a sua história serve de exemplo e deixa o conselho para que deixem de fumar e que, "pelo menos façam uma vigilância regular; façam este tipo de consulta."
Para marcar, ligue para a linha gratuita CUF Oncologia. Horário de atendimento telefónico: dias úteis das 8h00 às 19h00, Sábados das 9h00 às 18h00
Saiba mais sobre o Programa Deteção Precoce de Cancro do Pulmão da CUF aqui.