Uma doença cardíaca e um cancro da próstata
Um dia a vida fica virada do avesso. Assim aconteceu com Wai Keong See-TOH que, sem apresentar qualquer sintomatologia, foi diagnosticado com uma doença cardíaca grave e um cancro da próstata de alto risco.
“Salvaram a minha vida duas vezes”
Wai Keong See-TOH mudou-se de Singapura para Portugal em 2018 e sempre se sentiu saudável e sem nenhum problema de saúde. Por insistência da mulher, Shirley, decidiu procurar a CUF para fazer um check-up geral e monitorizar os parâmetros de saúde que há muito não eram revistos.
Foi precisamente por se sentir bem que ficou “chocado e preocupado” com os resultados. Primeiro, foi-lhe diagnosticada uma doença cardíaca que necessitava imediatamente de intervenção cirúrgica para fazer um bypass. E estava a ultimar os testes pré-cirurgia cardíaca quando, dois dias antes de ser intervencionado, chegou outra má notícia: os exames revelaram que tinha um cancro da próstata agressivo.
“Na altura só perguntei quanto tempo ele teria para viver”, reconhece Shirley, admitindo a grande preocupação perante o cenário. Tudo porque, em Singapura, tinha visto um amigo muito próximo morrer três meses após receber o diagnóstico de cancro da próstata.
Porém, conta Wai Keong See-TOH, a primeira mensagem do urologista que o seguia foi: “Estou aqui para o tratar e não para falar em morte.”
Um acompanhamento multidisciplinar e completo fez a diferença
Perante um cenário complicado, o Cirurgião Cardíaco José Fragata e o Urologista Estêvão Lima reuniram para delinear a melhor estratégia, já que as “duas condições eram muito sérias” e necessitavam de intervenções urgentes, lembra o singapurense.
O coração foi prioritário, pois sem este órgão estar em condições seria mais difícil ao doente suportar a cirurgia ao cancro da próstata. E como alguns exames para a cirurgia à próstata teriam de ser feitos antes da intervenção cardíaca, foram dois dias intensos para deixar tudo pronto antes de entrar no bloco operatório.
O casal elogia a celeridade e o apoio de toda a equipa para agilizar o processo, desde os administrativos aos enfermeiros e médicos, que consideram “os melhores do mundo”. Em dois meses fez o bypass e a cirurgia robótica à próstata e hoje declara, aliviado, que as equipas “salvaram a minha vida duas vezes”.
Para surpresa do casal, o tumor de Wai Keong See TOH, apesar de agressivo, não necessitou de tratamento após a cirurgia e os mais recentes exames de follow-up continuam a não mostrar qualquer vestígio de cancro.
Wai Keong See-TOH também não esquece a mulher que esteve sempre ao seu lado durante o processo e admite mesmo que “se não fosse ela a insistir para eu fazer o check-up provavelmente eu já não estaria cá”.
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