Aprenda a tratar a crosta láctea

Bebés e crianças
Pele, unhas e cabelo
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A crosta láctea é uma condição bastante comum em lactentes, que surge habitualmente no couro cabeludo. Saiba o que é e que formas de tratamento existem.

A crosta láctea - ou dermatite seborreica - é uma alteração muito comum da pele dos bebés e que regride espontaneamente até cerca de 12 meses após ter surgido.

A sua causa não é bem clara, mas está associada à secreção de algumas hormonas da mãe que estimulam as glândulas sebáceas do bebé.

Caracteriza-se pela presença de crostas ou escamas oleosas, de cor amarelada, no couro cabeludo do bebé. A crosta láctea também pode surgir noutras zonas como sobrancelhas, orelhas, face e zona da fralda. As crostas podem descamar, tornando a pele vermelha, e o cabelo do bebé poderá cair juntamente com as crostas, voltando a crescer mais tarde.

Esta condição não causa qualquer incómodo ao bebé e não é contagiosa.

 

Sabia que...

A crosta láctea surge habitualmente entre as três semanas e os 12 meses de vida.

 

Quais são os sinais da crosta láctea?

A crosta láctea caracteriza-se por:

  • Crostas amareladas no couro cabeludo
  • Pele oleosa ou seca a descamar
  • Leve vermelhidão
  • Alteração na cor do couro cabeludo
  • Queda de cabelo

 

Apesar de ser mais comum na cabeça, as crostas também podem aparecer na face, orelhas, sobrancelhas, nariz e zona genital.

 

O que causa a crosta láctea?

Ainda não se sabe exatamente qual é a causa desta condição. Contudo, pensa-se que possa estar relacionada com hormonas que passam da mãe para o bebé, antes do nascimento. Essas hormonas fazem com que as glândulas sebáceas do lactente produzam gordura em excesso. Este excesso faz com que as células mortas da pele - que, em condições normais, descamam naturalmente - fiquem agarradas ao couro cabeludo do bebé.

Outra possível causa é a Malassezia furfur, um fungo que existe naturalmente na pele e que é lipofílico, ou seja, tem afinidade química com gordura.

 

Que formas de tratamento existem?

Em rigor, a crosta láctea não precisa de ser tratada, já que desaparece naturalmente ao fim de algumas semanas ou meses. Contudo, por razões sobretudo estéticas, há algumas medidas que pode tomar:

  • Aplicar um emoliente e deixar atuar cerca 30 minutos antes do banho
  • Lavar o couro cabeludo do bebé com um champô específico para ajudar a libertar as crostas
  • Pentear o cabelo do bebé com uma escova ou pente suave

 

Os cremes emolientes que contêm substâncias queratolíticas (que destroem a camada superficial da pele) suaves, ajudam à remoção da crosta láctea.

Nos casos de crosta láctea mais persistente, e se a zona afetada inflamar, o médico pediatra deverá observar e medicar.

 

Em que situações se deve consultar um médico?

A crosta láctea é uma condição temporária e, por norma, não é necessário acompanhamento médico. No entanto, o bebé deve ser observado por um pediatra sempre que:

  • A zona afetada não melhore
  • A dermatite seborreica alastre a outras zonas do corpo
  • A zona afetada fique vermelha, com sinais inflamatórios
  • As crostas comecem a sangrar ou libertar líquido

 

É possível prevenir a crosta láctea?

O aparecimento inicial da crosta láctea está mais vezes associado a peles sensíveis e atópicas. Contudo, o uso de produtos dermatologicamente testados na higiene diária do bebé podem ajudar a prevenir o seu aparecimento.

 

 

Atualizado a 05/09/2023

Fontes:

Cleveland Clinic, junho de 2022

Mayo Clinic, junho de 2022

NHS, junho de 2022

Seattle Children’s, junho de 2022

WebMD, junho de 2022

Publicado a 30/08/2022
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