Na consulta de osteoporose pretende-se identificar o indivíduo com elevada probabilidade de diagnóstico positivo e/ou em risco de fratura, estabelecer metas preventivas da doença e definir protocolos individualizados de tratamento, direcionados ao perfil clínico de cada doente. É uma consulta multidisciplinar, que abrange a articulação com as especialidades de Ortopedia, Neurocirurgia, Medicina Física e Reabilitação e Nutrição.

Osteoporose significa “osso poroso”. Um osso que fica mais fino, com menor força e resistência à carga diária, menos denso e por isso com menor qualidade. Esta diminuição da densidade mineral óssea e alterações da qualidade do tecido ósseo, traduz-se num osso frágil com elevado risco de fratura. Assim, a fratura osteoporótica é habitualmente definida como uma fratura de fragilidade, que ocorre de forma espontânea, no contexto de queda de baixo impacto ou num pequeno traumatismo. As fraturas osteoporóticas mais comuns são as vertebrais, do punho e da anca. 

A Osteoporose é uma doença silenciosa, pelo que o primeiro sinal é a fratura, que dependendo do local e extensão, pode conduzir a significativa incapacidade, morbilidade e perda de independência. Sabe-se que a nível mundial 1 em cada 3 mulheres e 1 em cada 5 homens, após os 50 anos, irão sofrer uma fratura osteoporótica. Após uma fratura de fragilidade existe um risco acrescido de uma nova fratura. Inerente à própria fratura associam-se: dor crónica, imobilidade e perda de autonomia e consequente depressão.

As fraturas da anca e a sua imobilidade associada, aumentam o risco de mortalidade no idoso. Assim se justifica a prevenção e o diagnóstico precoce, no sentido de prevenir as
comorbilidades associadas. Uma alimentação saudável, manter-se fisicamente ativo, e evitar o tabagismo e o consumo excessivo de bebidas alcoólicas, são medidas adequadas a uma adequada saúde do esqueleto e preservação da massa óssea.