O que é?

Existem dois tipos de carcinomas, com características distintas: o carcinoma basocelular (CBC) e o carcinoma espinocelular ou pavimento-celular (CEC).

Carcinoma basocelular

Como se manifesta o carcinoma basocelular? 

Pode apresentar-se como uma ferida que não sara, como uma crosta que quando removida sangra com facilidade e volta a formar crosta, um pequeno nódulo ou uma mancha rosada ou acastanhada que vai aumentando progressivamente de tamanho.

 

Quais as causas de carcinoma basocelular? 

Os raios ultravioleta (UV) recebidos diretamente da exposição ao sol ou em solários são a principal causa desta doença. Este tipo de radiação pode, ao longo do tempo, danificar o código genético (DNA) das células da pele dando origem a células tumorais.

 

Como se diagnostica o carcinoma basocelular?

Deve-se consultar um dermatologista para analisar uma ferida que sangra facilmente ou que não cicatriza em cerca de duas semanas, um ferimento que fica sucessivamente com crosta sem nunca cicatrizar ou uma cicatriz num local onde não tenha havido uma lesão prévia, para avaliar se pode corresponder a um carcinoma.

 

Quais as complicações de ter um carcinoma basocelular? 

Existe o risco de voltar a ter um CBC, mesmo que o anterior tenha sido completamente removido ou um aumento do perigo de ter outro tipo de neoplasia de pele relacionados com a exposição solar. Habitualmente, este carcinoma destrói localmente podendo, muito raramente, espalhar-se para outras partes do corpo.

 

Como se trata o carcinoma basocelular?

Existe um conjunto de modalidades de tratamento que são selecionadas de acordo com cada caso, dependendo das características individuais do doente, da localização e do tipo de CBC. As mais frequentemente são a curetagem, eletrofulguração, cirurgia simples, de Mohs,  congelamento e medicamentos tópicos.
 

Carcinoma espinocelular

O que é o carcinoma espinocelular (ou pavimento-celular)? 

É um tipo de tumor de pele distinto do melanoma e do carcinoma basocelular (também designado basalioma) que raramente causa problemas quando detetado e tratado precocemente. Se não for o caso, pode aumentar de tamanho, podendo espalhar-se para outros locais.

 

Como se manifesta o carcinoma espinocelular?

Apesar do aparecimento do carcinoma espinocelular ser mais frequente nas áreas expostas ao sol, pode aparecer noutros locais, como na boca, no ânus ou nos órgãos genitais. A aparência do tumor é variada: um nódulo vermelho, firme, que sangra frequentemente; uma mancha que descama com facilidade e que não passa; uma ulceração que aparece numa cicatriz; uma ferida que não sara; ou uma lesão ou uma placa branca na boca. Podem ser alterações na pele difíceis de perceber, especialmente se existirem outras mutações resultantes do dano solar.

 

Quais as causas do carcinoma espinocelular?

Resultam da radiação UV recebida da exposição ao sol ou em solários, nas zonas da pele exposta sobretudo na cabeça, pescoço, peito, costas, orelhas, lábios, braços, pernas e mãos. Pode estar também associado a exposição prolongada a produtos químicos como o arsénico e ter uma causa hereditária.

 

Quais são os fatores de risco para ter um carcinoma espinocelular?

Este tumor está associado à exposição prolongada e cumulativa à radiação ultravioleta e aparece habitualmente em áreas do corpo expostas ao sol.

 

Como se diagnostica o carcinoma espinocelular?

Alguns carcinomas espinocelulares podem ser difíceis de detetar (especialmente em estádios iniciais), todavia, quanto mais cedo identificados e tratados, melhor o prognóstico. Um dermatologista deverá ser consultado se se tiver uma ferida que não sara ou uma crosta que não passa.

 

Quais são as complicações de ter um carcinoma espinocelular? 

Quando tratado precocemente este tipo de tumor raramente dá complicações. Se não for curado, pode destruir a pele normal à volta, espalhar-se para os gânglios linfáticos e envolver outros órgãos.

 

Se já se teve um carcinoma espinocelular, há possibilidade de ter outro?

Sim, se já teve um carcinoma espinocelular há maior probabilidade de ter outro. Por isso o dermatologista deve ser consultado periodicamente.

 

Qual o tratamento do carcinoma espinocelular? 

A maioria dos carcinomas espinocelulares podem ser completamente removidos com uma pequena cirurgia. O tratamento é definido em cada um dos casos, dependendo do tamanho do tumor, da sua localização, da sua agressividade e pode incluir uma ou combinação de várias técnicas: cirurgia simples, de Mohs, tratamento com LASER, por congelação, com radiação e/ou medicamentos tópicos.

Prevenção

Deverá evitar-se a exposição solar no horário de maior intensidade de radiação, utilizar roupa protetora, ou foto protetora, em áreas desprotegidas sempre que se praticar atividades ao ar livre, evitar solários e medicamentos que podem tornar a pele mais sensível ao sol, realizar o autoexame da epiderme e fazer avaliações clínicas periódicas.

Doenças relacionadas