Disfonia espasmódica
O que é?
É uma doença neurológica que envolve as cordas vocais, em que os músculos da laringe (o órgão da voz) se contraem de uma forma intensa e irregular (espasmos), tornando a voz “tensa” e “fragmentada”, condicionando muito a sua qualidade e fluência.
Os primeiros sintomas ocorrem com maior frequência entre 30 e 50 anos de idade. Este distúrbio parece afetar mais as mulheres do que os homens. A gravidade dos espasmos de voz é variável, podendo diminuir por horas e até dias.
Sintomas
No início os sintomas tendem a ser ligeiros e ocorrer apenas ocasionalmente , mais tarde podem agravar-se e surgir com maior frequência. Com o tempo pode também verificar-se agravamento quando a pessoa está cansada ou tensa mas também melhorar ou até desaparecer, por exemplo, quando a pessoa ri ou canta.
Causas
A causa é desconhecida. Frequentemente, os pacientes relatam o início dos sintomas após uma infeção respiratória superior, um período de uso excessivo da voz, ou de stress profissional ou emocional. A disfonia espasmódica surge sobretudo entre os 30 e os 50 anos e cerca de 60% dos pacientes são mulheres.
Existem dois tipos:
- Disfonia espasmódica adutora: os pacientes tentam falar através do fechamento espasmódico com uma voz que parece sufocada ou forçada. Estes episódios geralmente ocorrem ao pronunciar as vogais, especialmente no início das palavras.
- Disfonia abdutora espasmódica: é menos frequente e ocorrem interrupções repentinas do som causadas pelo paralisia momentânea das cordas vocais, acompanhadas pela fuga audível do ar quando o paciente tenta falar.
Diagnóstico
Não existe um teste simples para a diagnosticar. A sua aferição é baseada na presença das características e sintomas típicos já descritos e na ausência de outras condições que possam causar problemas semelhantes. Por vezes o dignóstico envolve uma equipa especializada que inclui:
- Fonoaudiologista
- Otorrinolaringologista
- Neurologista para a deteção de sinais de problemas neurológicos
Tratamento
O tratamento passa pela terapia da fala e injeção periódica de toxina botulínica nos músculos das cordas vocais, que reduz a sua força da contração.
Prevenção
Não há diretrizes atuais para a prevenir porque a sua causa não é conhecida.
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