7 mitos da gravidez
Existem inúmeras crenças populares que, ao longo dos anos, vão passando de boca em boca e que qualquer grávida já ouviu. Mas nem todas são verdadeiras.
Se está ou já esteve grávida, é provável que já tenha ouvido alguém dizer-lhe “agora tens de comer a dobrar!” ou “pela forma da barriga vê-se logo que vai ser um menino” ou até “o bebé não está com vontade de nascer? Caminhar ajuda a provocar o parto”. Mas só porque ouvimos uma coisa múltiplas vezes não faz dela verdade e é o caso destes mitos já tão difundidos. Descubra a verdade por detrás deles.
1. "Tenho de comer por dois"
Nunca é demais lembrar: o facto de estar grávida não significa que coma a dobrar, muito pelo contrário. O excesso de peso favorece o aparecimento de diabetes gestacional que, por sua vez, promove o risco de hipertensão ou uma maior taxa de parto por cesariana (pela probabilidade de o bebé nascer com um peso acima da média). Assim, a prevenção da diabetes gestacional assenta no controlo do peso da grávida. Esta deve ter uma alimentação equilibrada na gravidez e fracionar as refeições - não fazendo intervalos superiores a três horas entre cada uma -, de modo a manter os níveis de açúcar no sangue estáveis.
2. "Estou com azia, por isso, o meu bebé vai ser cabeludo"
Não existe qualquer relação entre a azia e a quantidade de cabelo que bebé vai ter. A azia que, por vezes, muitas mulheres sentem quando estão grávidas está associada às alterações dos níveis hormonais que podem afetar os músculos do trato gastrointestinal e a tolerância a determinados alimentos. Nos últimos meses de gravidez, o maior volume do útero pode exercer pressão sobre o esfíncter esofágico. Para prevenir a azia, a grávida deve:
- fracionar as refeições
- diminuir a ingestão de líquidos
- elevar a cabeceira da cama quando se for deitar
3. "Não posso ter relações sexuais durante a gravidez"
A gravidez e as relações sexuais não são incompatíveis e não representam um risco físico para a mãe ou para o bebé. No entanto, se se tratar de uma gravidez considerada de risco, a gestante deve aconselhar-se junto do seu médico assistente.
4. "A melhor altura para a grávida viajar de avião é no início da gestação"
De acordo com a American College of Obstetrics and Ginecology, o período mais indicado para viajar grávida é o segundo trimestre, altura em que o risco de aborto espontâneo ou de parto prematuro são menores. Em simultâneo, no segundo trimestre de gravidez, a grávida sente-se bem (regra geral), pois a sonolência e os enjoos atenuaram-se e o volume da barriga ainda permite à grávida ter mobilidade.
5. "Pintar o cabelo faz mal ao bebé"
A ciência defende que apenas uma quantidade ínfima de substâncias tóxicas proveniente dos produtos para coloração do cabelo é absorvida pela pele e, como tal, não constitui uma ameaça para a saúde do bebé. No entanto, o cheiro característico deste tipo de produtos pode causar náuseas à grávida, pelo que se deve dar preferência aos que não contêm amoníaco e fazer a coloração em espaços bem ventilados.
6. "Se a minha barriga for redonda, vou ter um rapaz"
Um dos maiores mitos da gravidez está relacionado com o formato da barriga da grávida e o sexo do bebé. Não há qualquer evidência científica que permita relacionar a forma da barriga da grávida com o sexo do bebé.
7. "Andar muito a pé no final da gravidez ajuda a induzir o trabalho de parto"
Não existem dados científicos que comprovem esta teoria. Comer alimentos picantes ou ter relações sexuais também não ajudam a "chamar" o trabalho de parto. A grávida deve sempre aconselhar-se previamente com o seu médico assistente se estiver tentada a pôr à prova estas teorias. Entretanto, deve ter paciência e tentar relaxar.