9 erros que os pais cometem
Nenhum pai é perfeito nem tem de ser: a parentalidade é uma aprendizagem constante. Conheça aqui sete erros que os pais cometem e procure corrigi-los.
1. Superprotegerem os filhos
As crianças devem aprender a resolver eventuais problemas que surjam, o que implica lidar com a deceção e o sofrimento.
O facto de os pais quererem poupá-las e protegê-las de tudo o que pode, eventualmente, correr mal, não só é uma missão impossível como vai fazer com as crianças não estejam preparadas nem saibam como reagir quando forem confrontadas com problemas e os pais não estiverem lá para os resolver.
2. Serem demasiado autoritários ou permissivos
Vários estudos têm demonstrado que atitudes extremadas dos pais interferem na capacidade que as crianças vão ter, na idade adulta, de regularem as suas emoções e de criarem relações saudáveis.
Os pais devem tentar encontrar um equilíbrio que lhes permita disciplinarem, mas sendo justos e flexíveis.
3. Compararem os filhos
Muitas vezes, quando os pais fazem comparações entre irmãos, elogiam um e "atacam" aquele a quem o comentário está a ser dirigido. Por exemplo, "A sorte que eu tive com o teu irmão, que tinha sempre boas notas nos testes. Já tu…” Este tipo de comportamento pode criar sentimentos de inferioridade e falta de autoconfiança na criança e fomentar inveja/má relação entre irmãos.
Cada criança é única e os pais devem chamar-lhe a atenção de forma justa, incentivando-a, pela positiva, a melhorar (seja o comportamento ou as notas) e mostrando-lhe que acreditam plenamente nas suas capacidades.
4. Não darem o exemplo
Isto aplica-se a tudo o que os pais fazem: ao tipo de alimentação e de linguagem que usam, aos hábitos pouco saudáveis, ao modo como tratam os outro.
Os pais são os modelos dos filhos - o que significa que estes vão replicar os seus comportamentos e hábitos - e torna-se bastante complicado os progenitores exigirem aos filhos determinados comportamentos e hábitos se, lá está, não dão o exemplo.
5. Não saberem comunicar com a criança…
Os pais devem ser claros e concisos quando querem fazer passar uma mensagem. Pesquisas científicas já demonstraram que o nosso cérebro só consegue reter, em simultâneo, quatro "pedaços" de informação, o que corresponde aproximadamente a 30 segundos/uma a duas frases.
6. ... E não saberem ouvir
A criança tem direito de falar, fazer perguntas e querer conversar com os pais. Os progenitores devem ouvir o que ela tem para dizer (até porque pais que não costumam ouvir vão habituar os filhos a não saberem ouvir) e estabelecer um diálogo com ela.
7. Prometerem e não cumprirem
Quando os pais não fazem o que combinaram com os filhos criam-lhes insegurança e desconfiança e ficam com a sua imagem "denegrida".
8. Perderem o controlo
Mais uma vez, quando os pais não são capazes de controlar as suas emoções, o que se podem traduzir através de extrema ansiedade, violência verbal (discussões entre os pais ou com a própria criança) ou, até, violência física, estão a transmitir à criança que é normal e "não faz mal" reproduzirem esses mesmos comportamentos.
É obrigação dos pais controlarem as suas emoções e resolverem os seus desentendimentos, não se desrespeitando a si próprios nem à criança.
9. Agirem como se tivessem a idade do filho
Se é vulgar uma criança de três ou quatro anos dizer "Já não sou amigo da mãe/pai", já não é adequado a mãe/pai responderem na mesma moeda dizendo-lhe "E eu já não sou teu amigo" ou, pior ainda, "E eu também já não gosto de ti". A criança não perceberá que é uma brincadeira e, possivelmente, vai ficar muito sentida.
É importante que a criança tenha sempre presente que, embora precise de obedecer a certas regras e que existem algumas coisas que não pode fazer, o amor dos pais é incondicional e infinito - mesmo no "faz de conta".