Como evitar roer as unhas?
O ato de “roer as unhas” é um hábito comum em crianças a partir dos três anos, que se pode prolongar durante a infância, adolescência ou mesmo vida adulta.
Este hábito pode conduzir a deformações dos dedos, a desgaste do esmalte dos dentes, a mal-oclusão dentária e a infeções da boca, das unhas e da pele, para além do aspecto inestético que tem na criança, com consequente impacto na auto-estima.
Este comportamento inconsciente e repetido pode ter origem genética mas sobretudo ambiental, muitas vezes por imitação (“o pai também rói”) e despoletado por situações de ansiedade ou de tédio.
O que fazer para ajudar as crianças?
- pergunte-lhe porque rói as unhas: tente perceber em que circunstâncias acontece e identifique um padrão;
- não castigue ou penalize: isso reforçará o vício e piorará a auto-estima do seu filho;
- tente arranjar uma distração quando isso acontece, tal como atividades que ocupem as mãos (bola anti-stress, um jogo, um puzzle, um desenho) ou a boca (cantar, contar histórias, beber um copo de água, oferecer uma pastilha sem açúcar);
- mantenha as unhas curtas e arranjadas;
- proteja as unhas com pensos coloridos, use vernizes com cores atrativas nas raparigas ou esmaltes transparentes, não tóxicos (evitar produtos com álcool ou com pimenta).
“Roer as unhas” é um tique frequente, pouco grave e transitório; caso tenha grande impacto social ou se perpetue no tempo, pode justificar aconselhamento por profissional de saúde e recurso a terapias comportamentais, e por vezes, farmacológicas.