COVID-19 e quimioterapia: que cuidados deve ter
Os tratamentos para o cancro podem ter um impacto nas defesas do nosso organismo, fazendo dos doentes oncológicos um grupo de risco. Conheça os cuidados a ter.
Todas as pessoas devem evitar o contacto próximo, devendo este cuidado ser redobrado nos doentes oncológicos em tratamento ativo. Isto porque um dos efeitos secundários destes tratamentos (como a quimioterapia) pode ser a imunossupressão, isto é, a redução da atividade ou eficiência do sistema imunológico, que protege o organismo contra doenças. Por isso, as pessoas com doença oncológica em tratamento ativo são consideradas um grupo de risco face a uma possível infeção pelo novo coronavírus. Devem, assim, respeitar as indicações de isolamento (sair de casa apenas em caso de necessidade e evitar receber visitas) e distância social (assegurar pelo menos um metro de distância entre pessoas).
COVID-19 e quimioterapia: que cuidados extra devem ter?
- Sempre que sair de casa, o doente oncológico deve levar uma máscara cirúrgica, evitar tocar na face e procurar lavar ou desinfetar as mãos com maior regularidade.
- Mesmo com máscara deve manter a distância de pelo menos um metro de outras pessoas.
- É fundamental que haja uma boa e frequente higiene pessoal e da casa.
- Ter uma boa alimentação, incluindo fruta e vegetais. Lavar bem e, se possível, utilizar desinfetante próprio quando comer legumes crus e fruta que se coma com casca.
- A recomendação de isolamento não implica que a pessoa deixe de se manter ativa, mesmo em casa. Poderá manter a atividade física em casa com pequenos exercícios e atividades domésticas.
- Poderá haver maior tendência para maiores períodos de repouso e sestas, o que também poderá prejudicar a qualidade do sono: dormir bem também é muito importante.
Como proceder com os tratamentos?
As equipas de oncologia estão a trabalhar para garantir a segurança de todos os doentes e assegurar a realização dos tratamentos.
Antes de iniciar o seu tratamento ou um novo ciclo de tratamento, deve realizar o teste de despiste ao novo coronavírus (nunca com uma periodicidade inferior a uma semana). Informe-se junto da sua equipa de oncologia sobre como e onde poderá realizar o seu teste, como será realizada a comunicação de resultados e quais os próximos passos. Se o resultado for negativo poderá continuar os seus tratamentos, de acordo com as recomendações da sua equipa clínica.
Para a realização de consultas, alguns doentes poderão ser contactados para realizarem uma teleconsulta, no sentido de se minimizar o número de idas ao hospital. Também poderá haver um telefonema prévio à consulta ou tratamento para realizar um questionário de rastreio: é importante que se responda com honestidade e não se ocultem sintomas. Também deve verificar se tem a sua medicação habitual ou de SOS em número suficiente para um mês.
Deve comparecer nas consultas e tratamentos sem familiares ou outros acompanhantes para reduzir o risco de contrair ou espalhar a infeção.
Não chegue antes da hora marcada para as consultas ou tratamentos, de modo a minimizar o tempo que passa no Hospital e salas de espera, em contacto com outras pessoas.
Se foi informado por um médico de saúde pública de que é um "contacto próximo" de alguém com COVID-19, contacte primeiro a equipa que o acompanha antes de recorrer a uma unidade de saúde. Deste modo, se for necessário ser observado será orientado logo para a melhor hora e local em que isso deve acontecer.
Caso apresente algum sintoma suspeito de infeção pelo novo coronavírus, deve contactar a sua equipa de oncologia ou a linha SNS24 (808 24 24 24), informando que é doente oncológico em tratamento. Nestas situações, o doente não se deve dirigir ao hospital sem obter indicação prévia.
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