O que é e como tratar a incontinência urinária?

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Doenças crónicas
Prevenção e bem-estar
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É comum que quem sofre de incontinência urinária sinta alguma relutância em admiti-lo, o que significa que não irá receber o tratamento mais adequado.

A incontinência urinária consiste na perda involuntária de urina pela uretra. A sua origem varia consoante o sexo ou grupo etário que afeta, mas é normalmente associada à população idosa, podendo levar a problemas graves como úlceras e infeções dos rins ou da bexiga.

É uma condição que, pelo estigma social que transporta, leva quem dela sofre a manter-se em silêncio por achar que faz parte do processo natural do envelhecimento. No entanto, nem sempre é este o caso.

 

Fatores de risco

Contrariamente ao que se pensa, a incontinência urinária pode afetar qualquer pessoa, embora seja certo que se verifica uma maior incidência em certos grupos. Os principais fatores de risco para o desenvolvimento de incontinência urinária:

  • Idade avançada
  • Sexo feminino (corresponde a 85% dos doentes com esta patologia)
  • Alterações hormonais consequentes de gravidez e menopausa
  • Obesidade

 

Tipos de incontinência

Dependendo da forma como esta se apresenta, existem três tipos principais de incontinência:

1. Incontinência por bexiga hiperativa (urgência)

Caracteriza-se por vontades imperiosas e súbitas de urinar, associadas a aumento de frequência urinária e a perdas de urina. É com frequência associada a infeções urinárias, litíase, patologia específica da parede vesical, ou perturbações mentais como a ansiedade e demência.

 

2. Incontinência por esforço

Consiste na perda de urina em simultâneo com esforço muscular, como tossir, espirrar, rir ou fazer qualquer outra ação que leve a um aumento de pressão nos músculos do abdómen. Pode ter como causa, na mulher, uma hipermotilidade da uretra secundária a alterações hormonais, gravidez ou parto e idade. No homem, é habitualmente secundária à cirurgia da próstata.

 

3. Incontinência por regurgitação (extravasamento)

É secundária a uma retenção crónica de urina. Ocorre quando existe uma fuga de pequenas quantidades de urina, quando a bexiga está demasiado preenchida devido a um aumento de pressão. É normalmente causada por uma obstrução urinária, provocada mais frequentemente por patologia prostática, ou perda de força dos músculos da parede da bexiga, provocado por patologia neurológica.

A incontinência pode também ser mista, apresentando características de vários tipos diferentes, ou total quando existe uma perda contínua de urina durante um longo período de tempo.

 

Sinais de alarme

O principal sintoma da incontinência é a perda involuntária de urina, cujo volume pode apresentar grandes variações. Outros sintomas comuns do problema:

  • Necessidade frequente de urinar
  • Sensação de bexiga cheia depois de urinar
  • Perda de força do jato urinário

 

Como tratar a incontinência urinária

O tratamento vai depender do tipo de incontinência:

  • Na incontinência urinária de esforço pode passar, em grande parte, pela reeducação comportamental, eletroestimulação ou através de uma pequena cirurgia minimamente invasiva que consiste na colocação de uma rede suburetral.
  • Para tratamento da incontinência de urgência, utilizam-se frequentemente fármacos que controlam a hiperatividade do detrusor, de toma oral ou mesmo através da aplicação intravesical.
  • Na incontinência urinária de regurgitação, o tratamento passa em grande parte pela remoção do obstáculo.

 

Atenção!

A incontinência é, na maior parte dos casos, uma doença curável e de fácil tratamento, em especial quando detetada numa fase inicial. Se suspeita que pode sofrer de incontinência urinária, consulte um médico urologista.

Publicado a 24/03/2016