Violência na Escola
O bullying é um tipo de comportamento agressivo caracterizado por atos voluntários, repetidos ao longo do tempo, praticado por um indivíduo ou grupo
A violência pode ser direta, de forma física ou de forma verbal, através de insultos ou comentários depreciativos contra a pessoa e/ou família. Existem também formas indiretas de bullying, de abuso psicológico, pode levar ao isolamento social, através de difamação e da humilhação. Uma forma mais discutida recentemente está relacionada com o ciberbullying, em que através da Internet (utilizando chats, blogs e/ou trocas de e-mails) e/ou de contacto por telemóvel se enviam conteúdos potencialmente agressivos e/ou ameaçadores.
Os contextos onde pode ocorrer bullying, são mais frequentemente as escolas, mas também surge no trabalho, na interação com vizinhos, em contexto militar ou até mesmo político.
Fatores que influenciam o tornar-se vítima
Em situações críticas, nomeadamente em contexto escolar, existem alguns fatores que poderão aumentar a probabilidade de uma criança/jovem ser vítima de bullying. Entre as quais, poderemos salientar um frágil auto-conceito, baixa auto-estima e auto-confiança, a tendência para o isolamento social e/ou timidez excessiva e, uma maior resignação face à ausência de competências sociais.
As crianças/jovens com alguma característica diferente das restantes bem como, níveis elevados de ansiedade, medos ou fobias várias, constituem também fatores relevantes.
Efeitos psicológicos do Bullying
Os que sofrem de bullying podem acabar por sofrer problemas psicológicos a longo prazo, nomeadamente uma baixa auto-estima, depressão, com auto-mutilação e, em casos extremos, poderá conduzir a criança/jovem ao suicídio. São frequentes os problemas de relacionamento e de competências sociais, podendo desenvolver comportamentos de adição, como o abuso de drogas e álcool. Pela ansiedade gerada, somatizam podendo apresentar vários sintomas físicos principalmente, a nível alimentar e do sono.
Fatores que influenciam o tornar-se um Bully
Por outro lado, existem também características que aumentam a probabilidade dos sujeitos se tornarem agressores/bullies tais como, o fato de manifestarem pouca empatia e/ou incapacidade de se colocarem no lugar do outro, de personalidade tendencialmente mais autoritária e com forte necessidade de controlar. Diversas investigações salientaram que crianças/jovens agressivos têm grande probabilidade de, a longo prazo, se tornarem adultos com comportamentos anti-sociais e/ou violentos.
Como se deve intervir
Em termos de Intervenção em contexto escolar, abordagem mais promissora e com possibilidade de obter melhores resultados a longo prazo e com melhor rácio custo/benefício, é uma Intervenção de caráter integrativo e compreensivo, onde devem estar envolvidos: a(s) vítima(s); o(s) agressor(es); pais/figuras parentais; educadores/professores. Neste âmbito, devemos trabalhar numa perspetiva não só de Intervenção como também e fundamentalmente de prevenção.