O que é?

A doença de Addison é uma doença crónica rara que atinge tanto crianças como adultos. Resulta da falência das glândulas suprarrenais na produção de hormonas esteroides (cortisol, androgénios e aldosterona) essenciais à vida. A secreção de adrenalina e noradrenalina não se encontra afetada.

A doença de Addison ou insuficiência adrenal ocorre quando a camada externa das glândulas suprarrenais é danificada. As glândulas suprarrenais, que fazem parte do sistema endócrino, estão situadas acima de cada rim e produzem hormonas que afetam todos os órgãos e tecidos. Consistem em duas camadas, a medula (interior) e o córtex (exterior).

Sintomas

O dano nas glândulas suprarrenais ocorre lentamente e os sintomas desenvolvem-se gradualmente; os mais comuns incluem:

  • Dor abdominal
  • Períodos menstruais anormais
  • Desejo de comida salgada
  • Desidratação
  • Depressão
  • Diarreia
  • Irritabilidade
  • Hipotensão postural
  • Perda de apetite
  • Baixa glicose no sangue
  • Fraqueza muscular
  • Náuseas
  • Manchas escuras na pele, especialmente em torno de cicatrizes, dobras de pele e articulações
  • Sensibilidade ao frio
  • Perda de peso inexplicável
  • Vómitos
  • Fadiga e cansaço extremo

Em alguns casos graves e súbitos - como lesão, doença ou stress intenso - os sintomas podem surgir rapidamente e causar uma crise de Addison, ou insuficiência adrenal aguda, considerada uma emergência médica (se não for tratada, pode levar ao choque e à morte). Os sintomas de uma crise são:

  • Inquietação, confusão, medo ou outras mudanças mentais súbitas
  • Desidratação
  • Fraqueza extrema
  • Sonolência exagerada ou perda total de consciência
  • Febre alta
  • Tontura ou sensação de desmaio
  • Palidez
  • Vómitos e diarreia grave

Causas

A doença de Addison é causada por disfunção das glândulas suprarrenais, impedindo a secreção normal de corticoides, de causa auto-imune, problemas genéticos ou outras condições, incluindo tuberculose e cancro.

Diagnóstico

A doença de Addison é diagnosticada através da avaliação dos sintomas, sinais físicos e exames complementares de diagnóstico. O exame do doente revela habitualmente verificar sinais de fadiga, fraqueza, náuseas e vómito, dor abdominal, obstipação ou diarreia, tonturas, dores musculares e nas articulações e tensão arterial baixa. 

As análises podem revelar: elementos anormais - como baixo sódio (hiponatremia), baixa glicose (hipoglicemia) ou alto potássio (hipercalemia).

Outros exames mais específicos: níveis de cortisol na urina, cortisol matinal no sangue, cortisol na saliva; aldosterona no sangue e hormona adrenocorticotrófica no sangue (indivíduos com doença de Addison, o nível de cortisol está abaixo do nível de referência e a hormona adrenocorticotrófica está elevada).

Testes adicionais: tomografia computadorizada (permite verificar as glândulas suprarrenais e  glândula pituitária); exame de estimulação adrenocorticotrófica.

Tratamento

Para tratar a doença de Addison, o médico pode prescrever hormonas semelhantes às produzidas pelas glândulas suprarrenais como, por exemplo, comprimidos de hidrocortisona para substituir o cortisol. Se o paciente também não tiver aldosterona, pode-lhe ser dado acetato de fludrocortisona. Se o doente estiver a tomar fludrocortisona, o médico pode solicitar que aumente a ingestão de sal, especialmente em climas quentes e húmidos e após exercícios vigorosos. Em emergências e durante a cirurgia, os medicamento são administrados por via intravenosa.

Prevenção

A doença de Addison não pode ser evitada, mas deve-se recorrer ao médico na presença de cansaço, fraqueza ou perda de peso. Desta forma, pode-se evitar uma crise.

Fontes:

Medical News Today

Cleveland Clinic

Mayo Clinic