Doença de Parkinson: saiba como prevenir as quedas
A perda de equilíbrio, comum na doença de Parkinson, não é o único sintoma que favorece as quedas. Saiba o que fazer para as prevenir.
A doença de Parkinson é uma patologia crónica, progressiva e degenerativa do sistema nervoso central. Apresenta vários sintomas, sendo o mais comum a lentidão de movimentos (bradicinésia), apesar de o tremor de repouso ser muitas vezes o mais evidente – no entanto, nem todos os doentes têm tremor. Além destes, a rigidez, as alterações posturais, dificuldades a nível do equilíbrio e da marcha, assim como problemas de visão (visão desfocada ou má perceção de cores e formas), são outras das manifestações desta doença. Estes sintomas favorecem o risco de quedas.
Risco de quedas na doença de Parkinson
Segundo a Parkinson’s Disease Foundation, o risco de quedas é duas vezes superior nas pessoas com doença de Parkinson comparativamente a indivíduos saudáveis da mesma idade, não só pelos vários sintomas motores como também devido aos sintomas não motores.
Gestos do dia a dia, como inclinarmo-nos para nos calçarmos ou levantarmo-nos do sofá, podem provocar falta de equilíbrio e/ou descida da tensão arterial que, por sua vez, podem causar tonturas e promover quedas. O sono insuficiente, frequente na doença de Parkinson, também pode levar à fadiga, stress e menor resistência emocional, o que pode conduzir à falta de atenção e originar quedas.
As quedas têm um grande impacto na mobilidade e qualidade de vida dos doentes, pelo que é importante saber o que fazer para reduzir este risco.
Não dispense o exercício físico
Os especialistas defendem que o exercício físico, programado e devidamente acompanhado, deve ser uma rotina na vida destas pessoas, pois contribui significativamente para se manterem saudáveis e ativas.
Um programa de exercício físico para uma pessoa com doença de Parkinson deve incluir exercícios que melhorem a flexibilidade, concentração e equilíbrio.
Para uma casa à prova de quedas
- Em todas as divisões: assegure-se de que os tapetes estão bem fixos ao chão. É aconselhável colocar barras de apoio junto de todas as portas.
- Móveis: devem estar sempre fixos à parede caso a pessoa necessite de apoio para não cair. A cama deve ser baixa e ter uma cadeira sólida ao lado que possa servir de apoio.
- Na casa de banho: nunca deixe o chão molhado e instale barras de apoio em sítios estratégicos: ao lado da porta, de ambos os lados da sanita (que deve ter o assento subido) e no duche/banheira. Nesta divisão, os tapetes antiderrapantes são indispensáveis.
- Nas escadas: deve existir sempre um corrimão firme e, caso haja uma passadeira, tem de estar bem fixa.
- Interruptores: devem ser facilmente alcançáveis. Se tiver essa possibilidade, instale sensores para que a luz acenda automaticamente sempre que entrar em cada divisão.
Não se esqueça...
Quando se levantar da cama ou sofá, é importante fazê-lo lentamente, para que as artérias do corpo possam adaptar-se à nova posição e evitar as descidas abruptas de tensão arterial, que podem causar desmaios e quedas.