O que é?

O rastreio do colo do útero faz-se por citologia, isto é, teste de “Papanicolau” em lâmina (método convencional) ou citologia em meio líquido.

 O rastreio oportunista, isto é, não organizado e realizado na consulta de ginecologia, faz parte da prevenção secundária do cancro do colo do útero, como o rastreio organizado.

 A prevenção primária, inclui as vacinas contra o HPV. Existem dois tipos de vacina, a bivalente que cobre dois tipos de vírus HPV (16 e 18) e a quadrivalente, que também, previne contra o HPV 6 e 11, responsável pelos condilomas.

 Existem indicações nacionais e internacionais para o rastreio, com a citologia, que iremos apresentar:

 

Rastreio

O rastreio deve ser feito aos 21 anos de idade, independentemente de ter iniciado vida sexual há mais tempo.

Se a mulher não teve qualquer doença do colo do útero (lesões CIN 2 ou CIN3) pode terminar o rastreio entre os 65 e 70 anos. Segundo alguns autores aos 65 anos, caso os resultados das citologias tenham sido normais nos últimos 10 anos.

Se foi submetida a uma Histerectomia , isto é, extração do útero e a causa não tiver sido por patologia do colo do útero, pode suspender a realização das citologias.

Tipos de citologia

  • Citologia em meio líquido ou a citologia convencional.

A vantagem do meio líquido é a possibilidade de se poder realizar uma tipagem viral no meio líquido restante, em caso de uma citologia alterada ou a pedido do médico assistente.

O pedido de citologia (+) tipagem HPV, chamado “Coteste” não deve ser feito a mulheres com menos de 30 anos de idade.

A citologia com alterações “AS-CUS” tem indicação de realizar tipagem HPV, se a mulher tiver idade superior a 26 anos.

A avaliação deste método de rastreio, pelo médico assistente, irá ser importante na prevenção do cancro do colo do útero.

A repetição dos exames dependerá dos resultados, da idade e da clínica e deverá ser explicada a cada doente.

As mulheres que fizeram uma Histerectomia resultante de CIN2 e ou CIN3, deverão continuar a fazer a citologia da cúpula vaginal.

Só após três citologias negativas consecutivas poderá descontinuar a realização da mesma. Esta interrupção não é aconselhada pelo ACOG (American College of Obstetrics and Ginecology).

 Independentemente da periodicidade das citologias, as mulheres devem ir a uma consulta de ginecologia anual.

 As mulheres que fizeram a vacina contra o HPV têm também de continuar a realizar as suas citologias de acordo com os esquemas propostos.