Pós-parto: um regresso a casa mais tranquilo
O período após o nascimento do bebé é cheio de dúvidas e preocupações. Os Cuidados Domiciliários Materno-infantis CUF podem dar segurança a pais e bebés.
Após o parto, quer seja o primeiro filho ou não, muitos pais saem do hospital com o seu bebé e enfrentam um mundo novo de incertezas, com os receios normais de quem deixa de ter uma equipa de médicos, enfermeiros e técnicos de saúde a dar apoio. É um período de recuperação da mãe, e de adaptação do bebé e dos pais a uma nova realidade, que pode ser muito mais tranquilo com a ajuda do acompanhamento de uma enfermeira especializada em casa. Diana Vaz, enfermeira especialista em Saúde Infantil e Pediatria da CUF, explica o que são os Cuidados Domiciliários Materno-infantis CUF e como podem ser um grande suporte após o nascimento do bebé.
Pós-parto, o momento das dúvidas
“Na CUF, temos a noção de que o período pós-parto imediato é um período muito específico da vida das famílias”, afirma Diana Vaz, frisando que “a saída do hospital e a ida para casa fazem com que muitas vezes surjam algumas inseguranças”. Sendo “um momento sensível de adaptação da família ao novo membro”, há dúvidas sobre a alimentação, sobre o conforto, a segurança, os cuidados de higiene e as rotinas a que pais e bebé se devem adaptar.
Foi neste contexto que surgiu o apoio dos Cuidados Domiciliários Materno-infantis CUF, que ajuda a garantir uma transição tranquila para toda a família. “Uma enfermeira especialista que vai ao seu encontro, no conforto do seu lar, e pode observar e cuidar da mãe e do recém-nascido, é com certeza uma mais-valia para estas famílias”, destaca a enfermeira Diana Vaz, para quem o objetivo é conseguir ajudar a “manter o desenvolvimento adequado do recém-nascido e uma recuperação adequada da mãe”. Durante a visita, a enfermeira de cuidados domiciliários vai “não só esclarecer todas as dúvidas que aquela família tenha, como adequá-las ao ambiente onde eles se inserem”.
Além disso, a própria saída de casa com o bebé nos primeiros dias, com todas as preocupações que daí advêm, pode ser também um motivo de stress. “É um período muito sensível para estar a sair de casa, para a mãe ou para o recém-nascido”, afirma Diana Vaz, enfermeira CUF especialista em Saúde Infantil e Pediatria, para quem “o esclarecimento de dúvidas no ambiente de consultório é menos pessoal”.
Em que consistem os Cuidados Domiciliários Materno-infantis CUF?
A visita após o nascimento de um bebé é feita por uma enfermeira especialista em saúde materno-infantil que, além de várias avaliações ao bebé e à mãe, procura “fornecer algumas dicas e alguns instrumentos que sejam facilitadores para aqueles pais”, afirma a enfermeira, como as rotinas e o controlo dos hábitos de sono do bebé. “Tentamos criar essas rotinas de forma a que as famílias consigam, no seu ambiente, adaptar o melhor possível àquilo que são as suas necessidades”, explica.
Momentos de uma visita:
- Avaliação completa do recém-nascido;
- Pesagem;
- Avaliação da condição clínica da mãe;
- Dicas de amamentação;
- Ajuda no banho em casa;
- Apoio à lavagem nasal;
- Ensino da desobstrução da via aérea, em caso de engasgamento;
- Massagem abdominal para as cólicas, que consiste em movimentos lentos e ritmados realizados na região abdominal que permitem facilitar o trânsito intestinal e diminuir a distensão abdominal, aliviando o desconforto e a dor associadas aos episódios de cólicas;
- Técnicas de swaddling (prática em que se envolve o bebé num pano, permitindo ao bebé a sensação de estar no útero da mãe, dando-lhe uma sensação de conforto, segurança e proteção).
A consulta dos Cuidados Domiciliários Materno-infantis CUF também permite evitar um dos primeiros motivos para a saída do bebé de casa, o teste do pezinho - um rastreio de várias doenças através de uma amostra de sangue tirada do pé - feito logo na primeira semana. A enfermeira Diana Vaz destaca que esse teste pode ser feito através deste serviço, sem necessidade de deslocação de pais e bebé ao Hospital. “A importância do acompanhamento diferenciado de enfermagem no domicílio é uma grande mais-valia”, pois “temos noção do quão desafiante é o início de vida de um bebé e a adaptação de toda a família ao nascimento, e que sair de casa com um recém-nascido é muito desafiante”, salienta Diana Vaz.
É um exame rápido, no qual é colhido sangue do calcanhar do bebé entre o 3.º e o 6.º dia de vida, tendo como objetivo diagnosticar doenças metabólicas. Não é obrigatório, mas é de grande importância a sua realização porque as doenças detetadas não apresentam sintomas iniciais e, quanto mais cedo forem diagnosticadas, mais eficaz será o seu tratamento.
Apoio hospitalar sempre presente
Segundo a enfermeira, a consulta de Cuidados Domiciliários Materno-infantis permite “fazer um despiste bastante amplo das necessidades do bebé e da mãe”, mas o apoio da estrutura CUF também está sempre disponível. “Temos todo o apoio no Hospital, com obstetra, com pediatras”, lembra a enfermeira CUF, salientando: “Podemos estabelecer contactos imediatos, podemos encaminhar a família para uma urgência, para uma consulta caso consideremos necessário. Acabamos por fazer um despiste altamente diferenciado, dentro da casa das pessoas, e com uma rede de apoio muito grande”.
Consulta nos primeiros dias de vida ou mais tarde
O momento em que os pais solicitam este tipo de serviço depende um pouco das necessidades ou dúvidas de cada família. Segundo a enfermeira Diana Vaz, “esta consulta pode ser feita no momento de pós-parto imediato, nos primeiros dias após a chegada a casa, ou numa fase um pouco mais tardia, consoante aquilo que as famílias consideram que seja mais adequado para cada situação”. Independentemente disso, os momentos e parâmetros a seguir são personalizados e individualizados, caso a caso.
Quem pode aceder aos cuidados domiciliários pós-parto CUF?
“Todas as famílias são elegíveis para usufruírem deste tipo de serviço”, independentemente de a gravidez ter sido ou não seguida num Hospital ou Clínica CUF ou do parto ter sido realizado numa Maternidade CUF. E todas as famílias podem colher benefícios deste apoio, porque, “temos um recém-nascido, pequenino, uma mãe em recuperação pós-parto, portanto, é sempre uma altura de especial complexidade para aquela família estar a deslocar-se da sua casa para um ambiente hospitalar”.
Todas as famílias seguidas na CUF recebem informação da existência deste serviço. Diana Vaz indica que “há uma checklist, que todas as famílias preenchem na Maternidade aquando da alta, que inclui a menção à visita domiciliária, no caso de as famílias pretenderem”. Caso queiram, “o encaminhamento segue para a equipa do apoio domiciliário e nós agilizamos o contacto com a família para posterior calendarização da visita”.
Onde está disponível este serviço?
Os Cuidados Domiciliários Materno-infantis CUF, sempre prestados por enfermeiras especializadas, estão disponíveis na área da Grande Lisboa, Margem Sul, Torres Vedras, Grande Porto e Coimbra. E se este serviço não for pedido durante o internamento pós-parto, ou no caso de mães que não tenham tido o bebé na CUF, é fácil marcar uma consulta. “O agendamento dos serviços de visita domiciliária da rede CUF pode ser feito através do site”.